Sou fruto de uma ação missionária evangélica. Cresci num ambiente de evangelização dinâmica.
Lembro-me, com saudade, daquele tempo em que sob sol ardente, em caminhos poeirentos, de acordeão às costas, Bíblias e folhetos na mão, a pé, junto com Ádérito Rosa, meu irmão de sangue, percorríamos longas distâncias para reunião com crianças, jovens e adultos ao ar livre, muitas vezes, (casas pequenas não comportavam o ajuntamento) para cânticos, leitura e ensinamentos da Bíblia Sagrada.
O meu primeiro pastor, caminhando dezenas de quilômetros a pé, ora só, ora acompanhado para visitar as famílias que moravam distantes da Igreja, sempre feliz, bem disposto, contente por encontrar alguém e falar do Evangelho. Lembro-me dele passando a cavalo para visitar pessoas distantes da Igreja e sua residência cobrindo distâncias de trinta e quarenta quilômetros. Muitas vezes a cavalgadura se mostrava cansada e, para não fustigar o animal, ele se apeava para aliviá-lo e caminhava conduzindo o cavalo que não era novo. Era frequente o pastor deixar o cavalo aos cuidados do meu pai, em nossa casa, para alimentação e descanso e seguir a jornada a pé, por oito quilômetros, até sua residência. De noite, às escuras.
Por: Alípio Lima dos Reis, 12 de Novembro de 2013
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