
Felizmente, segundo nossa opinião, a igreja do nazareno tem sabido valorizar este grande homem de Deus que já deu tanto e ainda tem muito para dar. O preço do que deu aos pastores em Cabo Verde, enquanto Professor com letra maiúscula, é incalculável.
Vejamos um outro lado deste homem. Quem quiser encontrá-lo em sua casa por volta das seis da manhã, não conseguirá. A estas horas, depois da sua religiosa e regular meditação, faz o seu footing matinal. Em São Vicente não dispensava o seu mergulho matinal na laginha, acompanhado de algumas braçadas. Aqui na Praia não conseguimos apurar se continua apaixonado pela natação. A sua boa forma é sinal de que ainda não dispensou a sua preparação física. Segundo nos contou, começa com as falanges dos membros superiores passando pelo corpo todo ate às falanges dos membros inferiores.
Ele é um apreciador da música cabo-verdiana. Gosta de ouvir, bem baixinho, as mornas de Eugénio Tavares, interpretadas por Fernando Queijas, no seu gira-disco. Este seu aparelho ainda tem a agulha bem afinada incapaz de dar, se quer, um aranhão num disco por mais ruim que seja.
Ele é poeta e escritor. Como bom leitor que é, gosta de falar de Leon Tolstoi autor de Guerra e Paz.
Esta nota está a ser alinhavada em alto mar com alguns solavancos e com a tinta da caneta a falhar. Estamos a voltar da ilha do Fogo de onde é natural o nosso aniversariante de hoje. Enquanto escrevemos, alguns golfinhos saltam na água, fazendo acrobacias. Em contraste, bem perto de nós, estão alguns companheiros de viagem, inimigos do mar, fazendo aquela coisa pronunciando em sotaque bravense: “Ai credo, in ca tene nada di tra”.
Falar do Rev Barbosa Vasconcelos não é fácil, ainda por cima em pleno alto mar.
Mas seja no mar, seja na terra, o professor Barbosa é um homem de se lhe tirar o chapéu.
Se mais não conseguimos dizer é porque os golfinhos nos distraíram.
De qualquer forma, parabéns PROFESSOR!
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