Quando chegamos em Rª Grande, em Setembro de 2005, se alguém nos dissesse que dentro de cinco anos teríamos duas jovens seguindo para o ministério, diríamos que era loucura, alucinação ou miragem. Pois bem, ninguém disse mas hoje estamos aqui, entregando ao Seminário, duas jovens para se prepararem para o ministério. E a última vez que isso acontecera, elas ainda não eram nascidas. Só Deus mesmo, a Ele toda a honra e todo o louvor.
Vimos Telma e Regina crescerem, no seu compromisso com Deus, no envolvimento no ministério e em maturidade. Telma veio de uma família muito católica mas graças a uma tia que se converteu em França e depois voltou para Rª Grande, ela teve o seu primeiro contacto com a Igreja, ainda criança. Mas nem tudo foram rosas, os outros familiares tentaram de tudo para que ela voltasse para o catolicismo, fazendo-a ir às missas e às procissões, contra sua vontade, mas nada disso resultou diante da convicção de uma criança, embora a investida tenha se prolongado até os doze anos. Depois ela continuou crescendo e se fortalecendo na graça de Deus.
Regina, frequenta a Igreja desde criança, na companhia da mãe que se converteu, embora fosse de uma família muito católica. Assim Regina também cresceu na Igreja. Viveu durante algum tempo em São Vicente, com a mãe e os irmãos, enquanto a mãe (irmã Adelina Santos), estudava enfermagem. Terminado o curso, voltaram e desde então elas têm sido fiéis a Deus e têm servido a Igreja. Abençoa-me e a todos quantos convivem com a Regina, a sua fidelidade e consagração. Por exemplo, mesmo quando não tínhamos pontes em Rª Grande, na época das chuvas e ribeiras, ela não deixava de chegar aos cultos (hoje tudo serve de desculpa para não ir aos cultos), procurando caminhos alternativos pelas encostas, no meio do mato e lama ou quando a água já corria com menos força e em menor quantidade, rolando as suas calças e com os sapatos nas mãos, para atravessar a ribeira.
Elas têm sido forjadas na olaria de Deus que tem utilizado várias ferramentas. De entre as quais destacamos a sua Palavra, o envolvimento no ministério e o convívio no lar da família pastoral, especialmente o “gabinete” do Pastor. E embora vá mudar o endereço, vão permanecer nas mãos do oleiro divino.
Para terminar, vai ser difícil assinar a transferência. São daquelas ovelhas que todo pastor gostaria de ter pelo menos uma.
Rev. Ivan Duarte
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