Para muitas pessoas, dias melhores surgirão de qualquer outra coisa, menos da política. Não acreditam na grande noite de mudança. Esperam apenas simples madrugadas. É preciso pensar verdadeiramente, e a verdade não é nem de direita nem de esquerda.
É fundamental saber que a política não se opõe saberes e ignorâncias, nem tampouco, na maioria das vezes, mentiras e sinceridades: ela opõe forças, interesses e opções. É por isso que as pessoas votam e é por isso que fazem “propaganda política”. Quando se trata de verdade, não há necessidade de eleições ou propagandas: a verdade não se vota. Pensem, se houvesse uma política “verdadeira”, ou pelo menos uma política em que a preocupação fundamental fosse a verdade, para que serviria a democracia? A competência bastaria, como por exemplo, nas ciências: seria preciso substituir as eleições por concursos, o povo por um júri, o sufrágio universal por demonstrações ou experimentações. LEIA +
José João Neves Barbosa Vicente – josebvicente@bol.com.br
Filósofo, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB
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