A representação preconceituosa da África e de seus habitantes é um assunto cultural enraizado na intelectualidade ocidental. Ela está presente nas grandes bibliotecas do mundo para efeitos de dominação e de poder.
O preconceito contra a África é silencioso, porém, profundo. Ele está na própria cultura intelectual do ocidente. Por isso, muitos que acreditam lutar contra ele, poderão estar contribuindo para a sua propagação e fortalecimento. Muitos, por exemplo, gritam em alta voz: “a minha alma africana”, “meu sangue africano”... e não percebem que estão fortalecendo a teoria de Hegel que acredita de um modo absoluto, que existe um “espírito africano”, ou melhor, uma essência africana caracterizada pela incapacidade de se elevar ao universal pelo exercício da Razão. LEIA +
José João Neves Barbosa Vicente – josebvicente@bol.com.br
Filósofo, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
No comments:
Post a Comment