A palavra educação está presente em quase todos os contextos e discursos e é usada a respeito de qualquer coisa. Ela é usada, inclusive, para elogiar, impressionar, punir, condenar, intimidar, julgar, ás vezes acusar. Todavia, o conteúdo do sentido que a palavra engloba, parece ter se tornado secundário ou simplesmente esquecido.
Uma coisa é certa e, como disse péguy em Oeuvres em prose completes (1992), quando uma palavra está em todos os lugares é porque a coisa que ela designa está em vias de desaparecimento.
Ora, infelizmente, como mostrei no meu livro Reflexões e posicionamentos (2009) não é apenas a palavra “educação” que deixou de ser entendida como a sua etimologia latina, por exemplo, indica: “e” = “para fora” + “ducere” = “conduzir ou trazer” que pode ser entendida simplesmente, como revelar o que está dentro. A própria prática educativa foi transformada, basicamente, numa arte de visar habilidades, obedecer e de impor aos outros o que eles devem “aprender”.
Sob essa prática, os homens apresentam comportamentos semelhantes aos “súditos” dos regimes totalitários como descreveu H. Arendt em Origens do totalitarismo (1989): funcionam, mas não pensam. Um exemplo emblemático descrito pela mesma autora em Eichmann em Jerusalem (1999), pode ser encontrado na pessoa de Eichmann: situar o saber nos métodos formais que se fecham em seus próprios procedimentos.
Clique Aqui para ler o texto integral
José João Neves Barbosa Vicente – josebvicente@bol.com.br
Filósofo, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Uma coisa é certa e, como disse péguy em Oeuvres em prose completes (1992), quando uma palavra está em todos os lugares é porque a coisa que ela designa está em vias de desaparecimento.
Ora, infelizmente, como mostrei no meu livro Reflexões e posicionamentos (2009) não é apenas a palavra “educação” que deixou de ser entendida como a sua etimologia latina, por exemplo, indica: “e” = “para fora” + “ducere” = “conduzir ou trazer” que pode ser entendida simplesmente, como revelar o que está dentro. A própria prática educativa foi transformada, basicamente, numa arte de visar habilidades, obedecer e de impor aos outros o que eles devem “aprender”.
Sob essa prática, os homens apresentam comportamentos semelhantes aos “súditos” dos regimes totalitários como descreveu H. Arendt em Origens do totalitarismo (1989): funcionam, mas não pensam. Um exemplo emblemático descrito pela mesma autora em Eichmann em Jerusalem (1999), pode ser encontrado na pessoa de Eichmann: situar o saber nos métodos formais que se fecham em seus próprios procedimentos.
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José João Neves Barbosa Vicente – josebvicente@bol.com.br
Filósofo, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
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