O objetivo desse artigo é promover uma reflexão sobre a relação dos arquétipos da espiritualidade contemporânea com a insígnia narcisista na liderança eclesiástica brasileira. Numa perspectiva transcendental, a espiritualidade é o relacionamento de Deus com o ser humano permeado de implicações subjetivas e objetivas. Enquanto o narcisismo se identifica pelo relacionamento do ser humano consigo mesmo, de maneira egoísta e solitária. Dessa forma, evidenciar as semelhanças, diferenças e os riscos existentes entre esses dois relacionamentos é contribuir para a prática de uma liderança responsável.
Participamos de uma sociedade sistemática. As diversas organizações e os relacionamentos interpessoais estão imersos em normas, regras, conceitos e preconceitos. Lourenço Stelio (Wagner, 2003) afirma, que no âmbito eclesiástico, essa tendência pragmática se deve à influência dos missionários norte-americanos quando implantaram o evangelho aqui, em meados do século XIX. Atualmente é notória uma mudança de paradigma, pois a Igreja além do seu papel fundamental como organismo, tornou-se também uma organização. Contudo, parece que o processo de “institucionalização” não parou por aí, e assim como institucionalizaram a Igreja, querem fazer o mesmo com a espiritualidade dos fiéis.
Facilmente mecanismos são criados para identificar se a pessoa é espiritual ou não. Criam-se normas, formas e até mesmo “condutas” de comportamento para definir o ser espiritual. Mas, é um verdadeiro paradoxo aceitar que um relacionamento com questões tão subjetivas seja reprimido por exigências tão objetivas. E além do mais, essa pressão avaliadora de desempenho pode minar as iniciativas que buscam uma aproximação mais simples e real com Deus, provocando, com este modo de agir, uma ideologia voltada mais para os “vícios” do que para as “virtudes” de uma autêntica espiritualidade.
PS: Para ler mais, favor clicar aqui: http://www.institutojetro.com.br/lendoartigo.asp?t=17&a=88
Fonte: INSTITUTO JETRO
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