Neste artigo investigarei o conceito do certo na perspectiva do cristianismo. Porém, quero frisar que, infelizmente, quando falo cristianismo, não quero, necessariamente, referir-me aos cristãos. Afinal, existem muitos cristãos declarados que não são praticantes do cristianismo. A idéia da ética no cristianismo é fundamentada em um Deus imutável “Eu, o SENHOR, não mudo” (Ml 3:6), que não mente: “é impossível que Deus minta” (Hb 6:18) e, principalmente, que é amor: “Deus é amor” (1 João 4:16). Este último atributo define a essência desse Deus. Assim, a ética do cristianismo está ancorada, não na vontade arbitraria de um poder supremo, mas, sim, na natureza imutável de um Deus amoroso e justo (Dt 32:4).
Para o cristianismo Deus se revelou aos homens de duas formas: geral ou no seu mundo, disponível a todos os homens e especial ou na sua palavra (escrituras), disponível somente àqueles que têm acesso a uma Bíblia. Ele sabia que nem todos os homens teriam a cesso às verdades da Escritura, assim escreveu uma lei no coração deles (Rm 2:14-15). O conhecimento dessa lei, por exemplo, é considerado “inato” por Tomás de Aquino (summa theologica 1.103.8) e considerado evidente por C.S. Lewis (The abolition of man, p.95-121) quando se faz as seguintes perguntas: que pessoa não espera ser tratada como pessoa? Quem já realmente acreditou que era certo tirar aquilo que pertencia a outra pessoa, em qualquer tempo? Quem, verdadeiramente, já acreditou que o assassinato, o estupro, ou a crueldade às crianças era moralmente certo? O cristianismo acredita na regra áurea.
Por: José João Neves Barbosa Vicente – josebvicente@bol.com.br Filósofo, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
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