Da Pressa à Pobreza
Por: Rick Boxx
Você já se deparou com um vendedor extremamente persuasivo e insistente, tentando convencê-lo que se não efetuar a compra naquele dia, tudo estará perdido? Esta é a sensação que tenho experimentado ultimamente, quando as estratégias adotadas em muitas partes do mundo não passam de tentativas e paliativos para lidar com os males da persistente crise econômica global.
Temos visto líderes pressionar e estimular eleitores e legisladores a apoiar seus planos de resgate financeiro. Embora tais propostas, na maioria das vezes, careçam de um plano de ação claro e específico, eles continuam a advogá-los, insistindo e induzindo as pessoas a aceitarem seus projetos, e quanto mais rápido, melhor. A premissa aparenta ser, em essência: “Este é o único plano possível; se não o transformarmos em lei nesta semana, o céu vai desabar.” Infelizmente essa abordagem tão comum, concentra o foco sobre o medo e a ansiedade, tomando lugar de uma consideração lógica, sensata e cuidadosa.
Em algum momento todos nós já passamos por isso de diferentes formas e fizemos um investimento precipitado, porque uma decisão rápida era exigida, decisão da qual nos arrependeríamos mais tarde. Talvez tenhamos feito isso ao comprar uma casa, um imóvel ou um carro, ao entrar em uma sociedade ou assumir outro tipo de compromisso significativo.
Nessas ocasiões procuro me apegar à crença que tem provado sua exatidão repetidas vezes: "Ação precipitada é receita certa para o desastre." Uma boa regra prática é que, se você não tem tempo suficiente para pensar com cuidado a respeito de uma decisão importante, deve recusar a oportunidade. Descobri que é melhor errar por precaução, arriscando não ter um ganho substancial, do que agir sob compulsão e sofrer grande perda de que seria difícil se recuperar.
Na Bíblia, Provérbios 21.5 ensina: “Os planos bem elaborados levam à fartura, mas o apressado sempre acaba na miséria” . Muitas vezes as questões são complicadas e, ocasionalmente, corre-se riscos ao não agir prontamente. Mas creio que os riscos são ainda maiores se insistirmos em um plano que não foi cuidadosamente elaborado, em que não se deu ampla atenção aos aspectos positivos e negativos do problema.
Se você tiver que tomar decisões importantes – e fazemos isso com mais frequência do que gostaríamos - não se renda às pressões nem aja impetuosamente, fazendo algo que provavelmente se arrependerá mais tarde. Antes, aborde o problema com cuidado e racionalmente, gastando o tempo que for preciso buscando conselhos sábios.
A Bíblia também ensina: “Sem diretrizes a nação cai; o que a salva é ter muitos conselheiros” (Provérbios 11.14). Isto aponta para o perigo de tomarmos decisões importantes mais depressa do que deveríamos: sem tomar tempo para obter conselhos que podem ser úteis para determinar o que devemos fazer.
Para cada indivíduo ou empresa que progrediu devido a uma decisão tomada às pressas, sem deliberação adequada, existem dúzias, se não centenas, que foram arruinados pela pressa e por decisões imprudentes. Se esforce para não se tornar um deles!
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