O jovem seminarista Gilson, natural de Chã de Alecrim, São Vicente, vai para Tarrafal de Monte Trigo, pastorear a comunidade nazarena naquela localidade.
Ele está feliz por poder servir a Deus. Quando recebeu a notícia da sua ida a esta longínqua ribeira, não murmurou, nem questionou, ao contrário de alguns que até chegaram a recusar uma ida ali ou acolá. É de se tirar o chapéu à atitude do Gilson. Os que querem abraçar a Causa do Evangelho deveriam esquecer dos negócios, das amarras e de qualquer outro estorvo. Certas desculpas não coadunam com o ministério pastoral. Infelizmente, as verdes campinas do Jordão continuam a impressionar. Como ficam as palavras do coro no hino 314 do nosso hinário “Louvor e Adoração”? Talvez assim: “Se Cristo comigo vai, talvez eu vá”. Vamos reproduzir correctamente a letra da primeira estrofe para que não haja dúvidas:
“Se pelos vales eu peregrino vou andar,
Ou se na luz gloriosa de Cristo eu habitar,
Irei com meu Senhor, IREI AONDE FOR,
Confio na graça do meu Salvador”.
Leiam, por favor, as três outras estrofes.
Qualquer laivo materialista é passível de intrometer no nosso compromisso com o evangelho. Em nome do nosso interesse pessoal, apresentamos as desculpas mais descabidas. Causa repulsa ouvir que, por causa disto ou daquilo, não posso ir. Estar no ministério exige sacrifícios. Quantos, no passado, não terão visto os seus filhos a ficar sem uma melhor educação, por causa do compromisso com o EVANGELHO? A realidade é esta: a nossa conveniência tem estado a sobrepor à do Reino. Precisamos, urgentemente, mudar de atitude. Buscai primeiro o Reino de Deus… e todas essas “outras coisas” que estão a impedir-nos de ir aonde somos enviados, serão acrescentadas.
Parabéns ao Gilson por se ter disponibilizado a ir para Tarrafal de Monte Trigo.
Esta é a lição que deve ser aprendida.
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