De acordo com Needleman em seu livro Sobre o amor, “A tarefa do amor é evitar as exigências que automaticamente colocamos sobre o outro”. No entanto, hoje, basicamente, o que se chama amor é, na sua essência, o oposto de tudo isso.
Uma força universal capaz de unir os elementos do mundo, de superar diferenças e conflitos e garantir a sua harmoniosa beleza e vida. Era assim que os gregos antigos entendiam o amor. Um elo de ligação capaz de tornar a humanidade uma única família, com o Pai Celestial, que é Deus. Essa é a percepção cristã do amor. As duas idéias possuem algo em comum de extrema importância: reconhece no amor o caráter de durabilidade e da superação das diferenças individuais. Porém, hoje, de um modo geral, o amor é compreendido diretamente ligado às relações eróticas, ao romantismo, ao desejo e ao prazer sexual. No fundo, denomina-se de amor qualquer relação superficial e passageira. É preciso entender a simplicidade do amor que se resume, basicamente, na liberdade que permite ser e deixar ser. Como disse Rojas em O homem moderno, “amar outra pessoa é desejar-lhe o melhor... é querer sua liberdade”.Leia +
José João Neves Barbosa Vicente – josebvicente@bol.com.br
Filósofo, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
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