Thursday, April 15, 2010

Sinais da Queda


O declínio de uma igreja passa por cinco estágios nem sempre fáceis de perceber

Um pouco antes de terminar meus estudos em teologia, fui convidado para pastorear uma congregação no sul do Illinois, nos Estados Unidos. Aquele foi meu primeiro grande despertamento para as realidades da liderança pastoral – e uma experiência um tanto desconfortável. As habilidades ou dons que levaram a congregação a me convidar a ser seu líder espiritual foram, provavelmente, meu entusiasmo, minha pregação e minha aparente habilidade – mesmo sendo ainda jovem – em alcançar pessoas e fazê-las sentirem-se cuidadas.
O que não havia sido mencionado era o fato de aquela congregação estar desiludida devido a uma terrível divisão provocada pelo pastor anterior, que encorajou um grupo de cem pessoas a sair com ele para formar outra congregação. E bastaram apenas alguns meses para que eu percebesse que entendia muito pouco sobre liderar uma organização com aquele tamanho e complexidade, e ainda por cima, tão ferida. Com meus 27 anos, eu estava completamente perdido. Passara meus anos no seminário pensando que tudo que alguém precisava para liderar era uma mensagem carismática e uma visão encorajadora, e tudo o mais na vida da igreja seria perfeito. Ninguém havia me falado sobre grupos a serem dirigidos, equipes esperando resultados e congregações precisando ser curadas. Há quem tenha bom conhecimento de como conduzir uma comunidade cristã. Eu não tinha.
Geralmente, quando se entra num processo de crescimento descontrolado de uma organização, abandonam-se os princípios sobre os quais ela foi constituída
Foi naqueles dias de angústia que fui apresentado ao meu primeiro livro de liderança organizacional, The Effective Executive (“O executivo eficiente”), de Peter Drucker. Ali, percebi como as pessoas estão dispostas a alcançar objetivos que não podem ser atingidos. Aquele livro, provavelmente, me livrou de um nocaute no primeiro round em minha vida como um pastor. Desde aquela época, mais de quarenta anos atrás, incontáveis outros autores tentaram aprimorar os insights de Drucker. E nenhum deve ter tido mais sucesso nessa tarefa quanto Jim Collins. Não sei se ele tinha pessoas como eu em sua mente quando ele escreveu seus livros, mas muitos de nós, engajados ou não no trabalho pastoral, aprendemos muito com ele.
Recentemente, Collins e seu grupo de pesquisadores escreveram uma obra menor, com o nome How the Mighty Falls (ainda sem titulo em português), que segundo ele começou como um artigo e terminou como um livro. Collins afirma que foi inspirado em uma conversa durante um seminário, no qual alguns poucos líderes de setores tão diversos como o militar e o de empreendimentos sociais reuniram-se para explorar temas de interesse comum a todos.  O tema era a grandeza da América e os riscos desse gigantismo. O receio geral era de que o sucesso encobrisse o perigo e os alertas do declínio. Saímos de lá pensando em como seria possível perceber que uma organização aparentemente saudável enfrentava sérios problemas.  [+] leia mais

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A Figueira está de volta

Respondendo aos insistentes pedidos de antigos leitores do Epistolaonline, eis que anuncio o seu regresso. Na estrada, para a gloria de Deus.