Friday, September 30, 2011

D. Milu Barros foi pedida em casamento três vezes

No passado mês de Agosto, a Dona Maria Luisa Silva Santos de Barros, mais conhecida por D. Milu, esposa do Rev. Daniel Brazao de Barros, publicou um livro da sua autoria, cujo título é: “Retalhos da minha vida”. O editor do Epistolaonline, depois de ler a obra de capa a capa e de uma assentada, traz aos leitores desta página alguns “retalhos” dessa magnifico documento.
A dado passo, D. Milu interroga: “não sei se haverá alguma mulher pedida em casamento três vezes pela mesma pessoa”. Vamos ao trecho:
(…) Foi da janela desse dormitório para o pátio da igreja, onde eu e os meus colegas nos encontrávamos para estudar e preparar-nos para os exames, que começou a haver entre mim e o Daniel uma certa aproximação, alguns cumprimentos com acenos de mão e, por vezes, ate uma fatia de pão ou de bolo que me trazia, alegando ter pena de me ver ali durante tanto tempo a estudar.
Algum tempo depois de nos conhecermos, ele pediu-me em namoro, com a ressalva de que seria para casar. Começamos a namorar e, pouco tempo de pois fui pedida em casamento com o objectivo de entra para o Seminário e ali, ao lado dele, preparar-me para o Ministério da Palavra.
Os meus pais não aceitaram o pedido, alegando que eu era ainda muito nova e, para além de terem ainda duas filhas mais velhas do que eu em casa, não concebiam a possibilidade da filha mais nova entrar para um “convento”.
Com este “não” dos meus pais, rompeu-se o nosso namoro, ficando cada um para o seu lado. Esta separação durou alguns meses, ate que um dia quando ia para o meu trabalho na referida Secção de Encomendas, encontramo-nos, conversamos um bocado e, nessa manhã, retomamos o nosso namoro.
Começamos a pensar num segundo pedido de casamento. Sabíamos que não ia ser fácil, ate porque o Daniel queria que eu deixasse o meu emprego para entrar logo para o Seminário.
Ali surgiu uma outra questão quase incontornável: “deixar o bom trabalho que ela tem”, disse a minha mãe, e ela não se vergou ante tal possibilidade. A verdade é que, para quem estava iniciando a sua carreira profissional, o trabalho era bom e o ordenado nada mau (dois mil e oitocentos escudos, em 1967!…)
Com esta situação, o pedido de casamento foi retirado por escrito. (não se haverá uma mulher pedida em casamento três vezes pela mesma pessoa…)(…)
Nota do epistolaonline: este é mais um capítulo da nossa rica história. 

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