Wednesday, April 30, 2008

Formatura do Seminarista Jorge de Barros

O jovem Jorge de Barros, solteiro, filho do Rev. Luciano de Barros, formou-se pelo Seminário Nazareno em 1959. Os jovens Fernando Sá Nogueira e João Filipe Gonçalves foram porta-bandeiras tendo o irmão Fernando levado a bandeira Portuguesa e o João a bandeira do Seminário. O marchel foi o jovem António Marcelino.
O irmão Barros casou com a jovem Manuela Chantre, no dia 25 de Setembro de 1962 em Mindelo, 3 anos depois da sua formatura.
Para a posteridade foi feita esta foto cuja legenda é a seguinte de esquerda para direita: Fernando Sá Nogueira, Antonio Barbosa, Elton Wood, Jorge de Barros, Humberto Pires Ferreira, Roy Henkc, João Filipe Gonçalves e atrás Ernest Eades.
Em 1963, O pastor Barros foi ordenado Presbítero na Igreja do Nazareno com a curiosidade de ter sido ordenado na mesma cerimônia, o seu pai pastor Luciano de Barros.
Este é mais um capítulo da nossa rica história.

Taças da JNI – 1992

O superintendente do distrito Rev. Eugenio Duarte e o presidente distrital da JNI Rev. José Gonçalves ladeiam os quatro representantes das JNI locais que venceram as taças desse ano. Nesse ano, todas as taças ficaram em Santiago. Na foto temos Carlos Tavares a representar a Assomada, Nataniel Sá Nogueira a representar a Praia, Zinha Monteiro a representar Achada e Tomás Monteiro a representar a Achada Fazenda.
A assembléia distrital desse ano foi realizada pela primeira vez em Achada de Santo António, aliás, o ano de 1992 ficou conhecido em Achada, como ano da primeira vez. Foi nesse ano que se declarou distrito de Cabo Verde como sendo Regular, foi nesse ano que o templo de Achada foi inaugurado e foi nesse ano que se realizou o primeiro casamento no templo de Achada (casamento de Sara e José Heleno).
Este é mais capitulo da nossa rica história

Família Cordeiro Gomes

Hoje, com a licença do nosso irmão Sr. Hélio que é chefe desta família, apresentamos os “Gomes”.
O casal (D. Guidinha e Sr. Hélio) tem 4 rapazes: João, Fernando, Armindinho e Pedro.
Temos uma particular admiração por D. Guidinha. Quando estávamos em Portugal, doente, internado no Hospital da CUF, entre a vida e a morte, a D. Guidinha religiosamente nos visitava todas as semanas. Quando entrava na enfermaria distribuía sorrisos para todo o mundo. Em cima de mim colocava aquelas mãos de seda parecidas com as da minha mãe. As suas palavras eram sempre de peso. Oh D. Guidinha, muito obrigado!
Esta é uma família feliz.
Este é mais um capítulo da nossa rica história.

Heróis da fé

Se a Igreja do Nazareno tivesse uma galeria dos heróis da fé, tipo Hebreus cap. 11, com toda a certeza, estes 4 teriam lugar garantido. Mas como não há galeria neste mundo, Jesus promete aos seus uma coroa no céu.
Realmente essa foto é muito antiga. Não conseguimos descobrir a data em que foi feita.
De esquerda para direita, temos: José Neves Caldeira Marques, Humberto Pires Ferreira, Ilídio Santa- Rita Silva e Ernest Eades.
Gostaríamos de contar muito mais, mas faltam-nos dados. Caso haja quem souber de mais dados sobre estes homens de Deus na foto, por favor, queiram enviá-los para serem acrescentados. Os mais novos precisam conhecê-los e, acima de tudo, estes homens merecem.
Este é mais um capítulo da nossa rica história.

Lídia Howard

Esta é a nossa irmã missionária Lídia W. Howard. Ela passou alguns anos em Cabo Verde a evangelizar. Esteve na ilha do Fogo e de lá ainda recorda das vezes que ia a Penteada, Luzia Nunes e Patim.
Se hoje há 8 igrejas do nazareno na ilha do Fogo é porque no passado muitos homens e mulheres de Deus subiram aqueles cutelos, desceram aquelas ribeiras e, sem medo, pregaram a Palavra. Nós somos o que essas pessoas fizeram. Uma dessas pessoas é a Lídia. Ela desbravou terrenos inacessíveis no Fogo. Hoje, Fogo é um campo fértil onde já se pode colher frutos e flores. Flores que, por sinal, a Lídia gosta.
De Cabo Verde, enviamos flores de saudades à missionária Lídia Howard.
Este é mais capítulo da nossa rica história.

Casamento dos Maia Lopes

Os nossos irmãos “JJ” (Julieta e Jorge) casaram-se em Mindelo no princípio dos anos 70. D. Julieta foi nossa professora de Francês no Ciclo Preparatório de São Filipe em 1978. A sua presença e aulas geravam confiança nos seus alunos. «Si aujourd’hui jê m’en sors en français, c’est à dire écrire, lire et prononcer certains mots ou phrases en francais c’est grâce à mon premier professeur de la langue française, Mme Julieta ».
O Sr. Jorge servia a todos sempre com aquele sorriso. Ainda recordamos do Sr. Jorge no Land-Rover a caminho de São Jorge. Este casal deixou saudades na ilha do Fogo.
Deus abençoe a família Maia Lopes.
Este é mais capítulo da nossa rica história.

Casamento de Margarida e António

Os nossos irmãos (D. Margarida e Rev. Barbosa Vasconcelos) deram o nó em Mindelo. O dia escolhido foi 29 de Setembro de 1962. A festa foi na casa dos Wood que foram padrinhos da D. Margarida. O Rev. Barbosa teve como padrinhos os irmãos Barros (Dr. Jorge e Dra Manuela).
A cerimônia foi presidida pelo Rev Elton Wood que aparece na foto de mãos estendidas a declarar: “Porquanto este homem e esta mulher consentiram ambos no santo matrimônio e o testificaram na presença de Deus de desta congregação, e o confirmaram pela união das mãos, eu os declaro marido e mulher, casados em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Aqueles que Deus ajuntou ninguém os separe. Amem!
Ontem, dia 29 de Abril, visitámos o casal Barbosa Vasconcelos. D. Margarida é uma mulher especial. Sr. António é um homem de Deus. Estão muito felizes. Depois de 46 anos de vida em comum, faltando apenas 4 anos para celebração das bodas de ouro, os nossos irmãos venceram lutas, ultrapassaram montanhas, derrotaram gigantes, preservaram a família e estarão juntos até que a morte os separe, como Rev Elton Wood pronunciou em 29 de Setembro de 1962, sábado, pelas 15h, no templo da igreja do nazareno em Mindelo.
Porque sabemos que depois da publicação desta foto, muitos vão querer parabenizar os nossos irmaos Barbosa, tomem nota do telefone da família: telefone fixo 2624270, móvel da D. Margarida 9978371, móvel do Sr. António 9996222. Façam ringar os telemoveis dos nossos amados irmãos Barbosa.
Este é mais um capítulo da nossa rica história.

Casamento de Eunice e Daniel

Os nossos irmãos Eunice e Daniel uniram-se em casamento nos anos oitenta. Nicha é filha da D. Beatriz, nossa sempre querida Ticha, e Sr. Boaventura. Nhelas é um grande irmão. Por mais pressa que tenha, sempre cumprimenta as pessoas, mesmo as desconhecidas. É o que ouvimos falar acerca dele no Fogo: “El ta fra tudu argúem mantenha”.
Os nossos irmãos são bancários, residem actualmente na cidade da Praia e freqüentam a igreja do Palmarejo.
Deus abençoe a Eunice e o Daniel.
Este é mais um capítulo da nossa rica história.

Feedback… back to Mindelo (de volta a Mindelo)

Vocês devem estar lembrados do meu último artigo neste blog em que eu exaltava sobremaneira a São Vicente e suas maravilhas. Depois daquele fim-de-semana magnífico, achei bem compartilhar minha alegria com aqueles que comigo viveram os últimos e melhores oito anos da minha vida. Cheguei no Sal na segunda-feira, com a cabeça ainda do outro lado e com a ardente vontade de lá voltar. E foi então que uma ideia maluca me assaltou: “Feedback em Mindelo”. E motivos não faltavam. A Igreja do Mindelo estaria realizando em algumas semanas a primeira edição do Festival de Música Cristã Contemporânea. E a aventura começou.
Feedback, para quem não se lembra começou como Grupo Jade, em Mindelo no ano 2000. Partilhando a mesma paixão por Jesus e pela música, nos juntámos para cumprir essa missão de fazê-Lo conhecido através da música. Lembramo-nos com alegria dos nossos primeiros ensaios na casa do Tibeta. Nossa falta de instrumentos era superada pela enorme vontade de trabalhar. Eu, Bill era o único com uma guitarra em condições. O Vando fazia o baixo numa guitarra velha da mãe dele, o Tibeta tocava num banjo mais pesado do que ele na altura e o Shangay, baterista, contentava-se em usar apenas as mãos tirando o pouco som de um djembé minúsculo, peça decorativa da casa do Tibeta. Escrevemos nossas primeiras composições e seguimos em frente. A Igreja surpreendeu-se com o nascimento de um novo grupo bem no meio do Império Alfa. Foi preciso muita audácia para enfrentar o então imperador Ramiro (hoje Rev Ramiro Monteiro). Só depois de muito carregar colunas e arrumar instrumentos, ele aceitou deixar-nos ensaiar com os seus instrumentos. Ali nasceu o grupo evangélico mais irreverente, livre e ousado de Cabo Verde. O nosso mentor, o seminarista Francisco Vaz nos exortou a levar a mensagem a todos os lugares, principalmente aonde outros não iam. Nós nunca fomos um grupo de louvor para dentro do templo. Logicamente que trabalhámos na musica na nossa Igreja, mas nossas musicas originais eram quase todas para levar a mensagem a não-crentes. Estávamos em todos os concertos da ilha. Conhecidos como “kel grupo d’ Igreja” sem nunca nos importar com isso, tínhamos lugar cativo nas festividades das escolas, concertos juvenis e shows de variedades.
Depois de nossa última actuação em São Vicente no Gospel X em 2003 e da nossa vinda para o Sal, voltámos quatro anos depois a pisar um palco levando o pessoal a lembrar velhos temas que ficaram desde sempre na boca que quem nos ouvia. Sem o nosso vocalista original, o Pst. Ivan Duarte e nosso baterista Shangay (por motivos profissionais) que foram muito bem substituídos por nossos convidados Pama (Sta Maria) no vocal e Joel (Espargos) na bateria, animámos os jovens que constituíam a maioria do público presente, depois da maravilhosa actuação dos Chist Brothers de Sto. Antão (fala aí, Formigão). É maravilhoso saber que nosso trabalho não é em vão.
Depois desse tempo maravilhoso em São Vicente regressamos ao Sal cheios de vontade de fazer mais, muito mais para a obra do mestre. Estamos com muita força para voltar à carga. Como canta os Oficina G3, “vamos fazer barulho para acordar quem ainda insiste em dormir”. Esperamos oração em vez de críticas, ajuda em vez de empecilhos. Citando um pregador “nós e Deus somos a maioria” e é confiando nisso que vamos prosseguir avançando para o prémio supremo que é ouvir de Deus “bem está, servo fiel… entra no gozo do teu Senhor”.
Com muito amor,
Feedback
Bill, Joel, Pama, Tibeta & Vando
Email do Bill: billevy@hotmail.com

Grupo “Alfa”

Este grupo apareceu nos anos 90 na igreja do Mindelo. Era um grupo de louvor que impressionou dentro e fora de igreja.
Esta foto foi feita na Plataforma da igreja do Mindelo. A legenda é a seguinte, de direita para esquerda: Arlindo com viola baixo, Sheila ao Órgão, Ruben na bateria, Luis vocalista, Nataniel com viola solo, Orlando com viola ritmo e Ramiro vocalista.
Alfa se desintegrou devido à saída de alguns de seus membros para estudar fora. O Luis Ramos foi viver para os EUA. Mas quem sabe um dia o Alfa venha “ressuscitar”. As saudades já são muitas.
Se organizem, jovens!
Este é mais um capítulo da nossa rica história.

D. Alcinda e seus filhos

Esta foto mostra a nossa irmã D. Alcinda ladeada pelos filhos Eli e Gerson. Actualmente, ela vive nos EUA e serve a Deus na igreja dos Embaixadores.
O Eli é um excelente homem. Ele é simpático e atencioso como o pai. O Gerson vive nos EUA. Quando da nossa última estada nos States, avistamo-nos em Indianápolis e se não o conhecêssemos, facilmente saberíamos que era filho do irmão Brito Semedo. Se ele quiser enveredar para o basquetebol, altura ele já tem. São todos simpáticos.
Alcinda, Eli e Gerson, Deus vos abençoe.
Este é mais capítulo da nossa rica história.

Evangelicos Caboverdianos


Faz um mês que a comunidade, “Evangelicos Caboverdianos” foi criada. Hoje, com 153 membros, 46 videos, e 513 fotos carregados pelos membros, é uma comunidade que promete. O convite agora é para ti: dá uma espreitadela. Se gostar, venha ser membro de “Evangelicos Caboverdianos”

www.nazarenos.ning.com ou clique no titulo

Dicas para aquecer o casamento

Ao instituir o casamento Deus pensou numa união agradável onde os cônjuges experimentassem a plenitude da felicidade. Não criou o casamento para ser um jugo, um fardo difícil de carregar.
Que tipo de casamento você está construindo? Em que tipo de casamento você vive? Como podemos construir casamentos agradáveis?
Deixo algumas dicas:
– Dê espaço para expressão da individualidade - Você não pode exigir que seu cônjuge goste das mesmas coisas que você gosta. Não exija do seu cônjuge seja do Mindelense, quando ele desde pequeno aprendeu a ser da Académica. Se seu marido gosta de música de viola, não o force a gostar de funaná.
– Releve algumas coisinhas - Para quê ficar implicando a vida toda com seu marido ou esposa por pequenas coisas? “Briguem” por questões mais importantes. Não deixe que as questiúnculas tirem o brilho da vida conjugal. Alguém já disse que antes de se casar você deveria abrir bem os olhos. Depois de casado, deveria mantê-los bem fechados!!!!!
3a. Cuidado com a rotina - Sabe, aquela coisa de sempre ir ao mesmo restaurante, fazer as mesmas coisas do mesmo jeito sempre? Pois é, para ter um casamento agradável, saia da rotina. O cotidiano não mata uma relação, mas a rotina sim. “Tente, invente, faça alguma coisa diferente”, já dizia a velha propaganda. Gaste um bom dinheiro no melhor restaurante da cidade. Você não vai ficar mais pobre com essa iniciativa diferente.
– Mantenham os olhos no seu cônjuge - Não proponho que você fique vigiando seu marido ou esposa. Minha intenção é a seguinte: Não dirija seus olhos somente para os filhos. Um dia eles irão se casar ou sairão da sua casa para estudar numa outra cidade. Aí você não reconhecerá mais a mulher ou o homem que está ao seu lado. Crie seus filhos com amor, mas saiba que um dia eles irão "bater asas". O seu cônjugue sempre estará com você.
– Passeiem semanalmente - Qual foi a última vez que você passeou com seu cônjuge, como casal, sem a presença de outros casais e filhos? Não há casamento que não se torne tolerável, onde marido e esposa não separam um tempinho para passear. Não precisa gastar nada. Pode ser aquela praia que vocês gostam, uma volta na praça às 9 da noite, uma viagem pelo interior da ilha a dois...
Tente colocar essas dicas em prática e vai perceber que seu casamento dará uma aquecida.

in www.blogdoala.blogspot.com

Tuesday, April 29, 2008

O QUE É A RELIGIÃO?


Alguns filólogos ensinaram, durante muito tempo, que a palavra latina “religio” derivou-se do verbo “religare”. Assim, muitos entenderam e ainda entendem a religião como o laço que liga o homem à divindade.
Ora, para quem conhece e se interessa pelas línguas clássicas, percebe com facilidade que tal etimologia não explica o conceito da palavra religião. “Religio”, portanto, deriva do verbo “relegere” que, de forma categórica, se opõe a “neglegere”, assim como, por exemplo, o zelo e o respeito se opõem à negligencia e à indiferença. No latim vulgar, “relegere” significava cultuar, prestar um culto, experimentar um fervor apaixonado.
Essencial à religião está, também, a idéia de respeito e “valorização” do ser humano e do seu destino. Por isso, é “crente” no sentido amplo, aquele que crê, realmente, na existência de “algo” sagrado, de coisas interditas, inacessíveis, “tabus”... sem desligar a idéia religiosa da noção de “sobrenatural”, ou seja, da idéia de que o sentido verdadeiro das coisas não reside em sua aparência cotidiana, de que existe um “além-mundo” com o qual o crente pode se comunicar. Ou seja, existe o domínio do sagrado que o crente pode atingir e que está alem da realidade empírica e profana. (clique no titulo para ler mais...)

José João Neves B. Vicente.
Filósofo, pesquisador, professor da Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba (FACER), do Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz (IFTSC) e Editor da Revista Facer.

E-mail: josebvicente@bol.com.br

Monday, April 28, 2008

Pastor profetizou sua propria morte

O pastor Luis António que morreu no acidente de avião no aeroporto de Congonhas em 17/07/07, falou de uma visão que era sua própria morte. Esta mensagem está publicada no seguinte endereço: http://www.pastorluizantonio.com.br/primeira.htm
Está em audeo e video. É impressionante.

Vale a pena ser ouvindo.

Saturday, April 26, 2008

Pecado é Pecado

Um paulista, trabalhando pesado, suado, terno e gravata, vê um baiano deitado numa rede, na maior folga. O paulista não resiste e diz: -Você sabia que a preguiça é um dos sete pecados capitais? E o baiano, sem nem se mexer, responde: - A inveja também!!!

Pastor também é Ovelha

Nesses últimos dias tenho me sentido mais como ovelha do que como pastor. Isso porque pastor também é ovelha. O ministério pastoral não me imuniza das necessidades inerentes ao ser humano, como, carinho, amizade, atenção, apoio, valor, segurança e coisas próprias das relações humanas. O pior em tudo isso é que me sinto só. Se morresse hoje, partiria com essa sensação de ter sido um homem solitário. É claro que não sou uma ilha, que não vivo isolado das pessoas. Tenho minha esposa, minhas filhas, os irmãos da igreja e outros relacionamentos. Mas falo de algo mais. Sei que tenho necessidades que somente Deus satisfaz. Mas sei também que tenho necessidades que somente outras pessoas podem satisfazê-las. É disso que falo. Estou cansado de relacionamentos rasos, aparentes e formais.
Reconheço que muitos pastores têm passado uma imagem diferente. Parecem estar sempre de bem com a vida, sempre sorridentes e com uma palavra positiva. O que não traduz plenamente a verdade. O pastor precisa se comportar como uma pessoa normal. Acredito que não é uma questão de fingimento ou de hipocrisia. É um paradigma estabelecido há muito por muitos e que tem produzido um efeito dominó. Mas isso pode e deve mudar. Eu já me decidi pela mudança. Sei que minha índole é mais voltada para a introspecção do que relacionamentos. Mas não posso culpar quem culpa tem de eu ser assim. Se é que alguém tem alguma parcela de culpa por isso. Devo assumir minha parte e reverter esse quadro que já me é insuportável. O pastor precisa descer do pedestal e ter coragem de ser uma pessoa vulnerável e acessível.
Por outro lado, cabe uma reflexão por parte das igrejas com respeito aos seus pastores. Há muita insensibilidade e indiferença para com aqueles que cuidam da vida dos crentes e que prestarão contas a Deus por isso (Hb 13.17). O pastor precisa ser considerado pelo trabalho que faz. Ele deve ser tido na mais alta estima, e ser tratado com amor (1 Ts 5.12-13). Poucos olham para o pastor na sua integralidade. Ele tem família, sua esposa precisa do apreço e cuidado da igreja, seus filhos são normais e não super-filhos pelo fato de serem filhos do pastor. O apoio material deve ser mantido ao pastor e sua família, pois, se semeamos coisas espirituais, seria demais colhermos da igreja coisas materiais? (1 Co 9.11). Mas, acima de tudo o pastor precisa mesmo é da compreensão, amor, apoio e amizade das ovelhas, pois ele também é ovelha.
Estou abrindo meu coração porque quero mudança nessa área tão preciosa de minha vida. Sei que muito pouco tem sido feito de minha parte. Mas não posso deixar de reconhecer que Deus tem feito mudanças consideráveis em minha cosmovisão de relacionamentos. Tenho necessidade de relacionamentos mais achegados, e gostaria de poder contar com pessoas da igreja que se aproximassem de mim para ouvirem meu coração. Pessoas com as quais eu pudesse contar para tudo; pessoas que se interessassem pelas minhas fraquezas, meus medos e meus pecados. Não as tenho e choro por causa disso. Sei que é minha missão cuidar das ovelhas. Mas quem cuidará de mim? Deus tem me dado amigo(s), mas tenho me frustrados com outros que são tão carentes ou mais necessitados do que eu mesmo.
O que fazer então? Acho que muito pode ser feito se ambas as partes se mobilizarem para isso. Os pastores devem ser mais humanos, amigáveis, informais, receptivos, e vulneráveis. Mas as ovelhas não podem ficar indiferentes, achando que devem apenas receber do pastor. Elas também precisam cuidar do pastor. Parafraseando a Bíblia, digo: “Aproximem-se do pastor e ele se aproximará de vocês!” (Tg 4.8).
Por: António Francisco

Casal Henck mais uma vez com a batina

Temos o casal Henck de batina preta, por ocasião de mais uma formatura. Este casal vestiu esta roupa por mais de 30 vezes em Cabo Verde. Foi o casal missionário que mais vezes participou na formatura de pastores em Cabo Verde.
A foto mostra o rev Henck a entregar diploma ao recem-formado Danilo Carvalho com D. Glória seguindo atentamente.

Este é mais capítulo da nossa rica história.

Acampamento 1989

Esta foto é de um grupo de jovens da igreja da Praia pertencente ao grupo "Rosas de Saron" que participou no acampamento de 1989 em Tarrafal de Santiago. São eles de esquerda para direita: Iniza, Manuela, Ana, Ester, Viti e Yma.
Este é mais um capítulo da nossa rica história.

Acampamento 1973

Esta foto data de 1973, em São Francisco, local onde se realizou o acampamento desse ano. Nessa data a capela estava ainda branquinha e as várias palmeiras convidavam os campistas de então a se descansarem à sombra. Foi à sombra dessas palmeiras que muitos sermões, poesias e coros foram inspirados. Infelizmente, hoje já não existe uma palmeira. O poço salgou e depois secou.
São Francisco, apesar de já não ter palmeiras, do poço ter secado, ainda conserva a sua mística.

Este é mais um capítulo da nossa rica história.

Friday, April 25, 2008

Bia nadando

Como todos os naturais de Boavista, Bia é uma boa nadadora. Ela gosta do mar desde criança e foi nessa altura que aprendeu a nadar.
Pessoas que conhecem bem o percurso histórico do povo de Boavista, afirmam que os naturais desta ilha nascem com duas paixões no sangue. Todas essas paixões começam com “M” – Mar e Música. Bia também canta.
Bia, Deus te abençoe.

Sr. Rodolfo de Pina

O nosso amado irmão Sr. Rodolfo de Pina, vulgo Humberto, é membro da nossa Igreja em São Filipe – Fogo. Ele é membro do quarteto evangelístico de São Filipe que com a saída de Raul Nogueira para os EUA, ficou um trio. Os outros colegas do Sr. Humberto são os Senhores Ovídio Pires e César Lopes.
O nosso irmão do Fogo foi faroleiro por muitos anos passando por vários faróis nas várias ilhas e agora se reformou. Ele gosta de dirigir cultos e ao dirigir, nunca dispensa a sua boa regência. Prometeu publicamente que enquanto durar, cantará um solo na Igreja do Nazareno todos os domingos por onde quer que vá. No alinhamento dos coros e hinos que o Sr. Humberto dirige, sempre escala o seu coro preferido – “De Cateberasco, Jesus liberta-N”. A vista está a ficar-lhe curta mas, mesmo assim, Sr. Humberto nunca recusa um convite para dirigir um culto. Ele faz parte da linhagem de homens do Fogo que se converteram e se apaixonaram pelo evangelismo leigo. Desde Sr. Cristiano, passando por Nho Tchina, Ovídio Pires, Augusto Vieira (este vivendo actualmente na Praia) César Lopes e Raul Nogueira. O Sr. Humberto é desta linhagem.
Como todos nós, ele também tem as suas lutas, mas a sua disposição em servir a Deus sobrepõe a todas e quaisquer provações.
Fogo sempre teve grandes homens e o Sr. Rodolfo de Pina é um deles.
Deus abençoe o nosso estimado irmão Sr. Humberto.

Thursday, April 24, 2008

Entidades políticas visitam a Igreja do Nazareno

Em pleno calendário eleitoral, já se tornou habitual os partidos políticos visitarem as igrejas incluindo a igreja do nazareno. Está programado para hoje uma visita à Igreja do Nazareno de Assomada por parte de uma das candidaturas à Câmara Municipal. Em todas as campanhas somos visitados por todos os partidos, recebemos os mais rasgados elogios pelo trabalho que estamos a desenvolver e prometem, caso chegarem ao poder, ajudar-nos nas várias frentes. De forma diplomática, dizemos que não temos razões de queixa.
Será que não temos muitas razões de queixa? Sugerimos uma viagem através das várias leis que vigoram em Cabo Verde desde o princípio.
O Artigo 130 e 135 do código penal proibiam qualquer prática religiosa pública, sendo a única religião verdadeira e livre a do reino de Portugal. Estes Artigos foram revogados em 15 de Fevereiro de 1911 com o advento da República. Passaram a vigorar os Artigos 131 e 134 que permitiam a prática de culto apenas em lugares fechados. O Salazarismo, no que toca à liberdade religiosa, não fez quase nenhuma alteração substancial. A revolução de 25 de Abril de 1974, com a implantação da democracia, trouxe alguma abertura. Portugal foi declarado Estado laico, mas mesmo assim a Igreja Católica foi preservada com alguns privilégios exclusivos.
O nosso País, depois da independência, com a Constituição aprovada na IX Secção Legislativa da Primeira Legislatura em 5 de Setembro 1980, revista na I Secção Legislativa da II Legislatura em 12 de Fevereiro de 1981, declarou no seu 1º Artigo que Cabo Verde é uma república soberana, democrática, LAICA, unitária, anti-colonialista e anti-imperialista. O Artigo 5º, número 1 reza que na república de Cabo Verde existe separação entre o Estado e as instituições religiosas.
Na nova Constituição, aprovada em 5 de Agosto de 1992, curiosamente, a palavra “LAICA” foi suprimida do 1º Artigo. A nova Constituição no seu Artigo 48º, número 3, diz que as igrejas são parceiras do Estado.
É nossa opinião que no Artigo 48º, número 6, falta a palavra “TODAS” quando diz: É reconhecido a (TODAS) as igrejas o direito à utilização de meios de comunicação social para a realização das suas actividades e afins, nos termos da lei. Por não existir esta palavra “TODAS” no artigo atrás mencionado, temos ficado arredados da comunicação social. Na prática, só a igreja católica tem tempo na Televisão Pública, todos os domingos ao meio-dia.
O número 5 do artigo 48º é flagrantemente e vergonhosamente violado principalmente nos hospitais. Nós, os outros, para lá entrarmos, só com bilhete ou favor do porteiro.
E quando das inaugurações? Quem é chamado? Temos visto a representação da igreja católica ao mais alto nível, como se se tratasse de uma religião OFICIAL DO ESTADO DE CABO VERDE.
Esta é uma curta visita à liberdade religiosa em Cabo Verde. Liberdade religiosa existe, mas tratamento igual, como diz a Constituição, nenhum sinal.
É claro que temos muitas razões de queixa.
Essas visitas não deviam ser apenas em períodos eleitorais quando o voto vale ouro. Deveria haver aquela parceria como sugere a Constituição. Aliás, hoje, de manhã, dia 24 de Abril, quando o jornalista da RCV de Assomada anunciava a visita de uma candidatura à Igreja do Nazareno, referiu que esta candidatura estaria de visita também à Igreja PROTESTANTE, como se houvesse oficialmente uma igreja protestante em Cabo Verde.
São essas e outras “gafs” que demonstram o desigual tratamento.
Tudo o que está aqui expendido é nossa opinião pessoal. Pelo menos temos a liberdade de expressar o que nos vai na alma. Bem no fundo da alma…

Elefante invade templo hindu e mata três pessoas na Índia

Uma das vítimas era um de seus domadores. Incidente aconteceu no estado de Kerala, no sul do país.Um cinegrafista filma o elefante que pisoteou um homem no templo de Irinjalakuda Koodalmanikyam, no estado indiano de Kerala, nesta quarta-feira (23). O animal avançou sobre o templo hindu e matou três pessoas, incluindo um de seus domadores. A polícia não informou o estado de saúde do homem que aparece nesta foto
(Foto: A.J Krishnaprasad/AP)

Fonte: AP/G1/Notícias Cristãs

Casal Araújo à mesa



Hoje apresentamos um pouco da intimidade do casal Araújo. Sendo Rev. Araújo nosso superintendente e Dra. Ana Eunice nossa 1ª dama, muitos estão interessados em saber como fazem o dia-a-dia.
De manhã bem cedo, o superintendente faz o seu habitual footing para manter a forma. Depois do pequeno-almoço vai ao escritório do distrito e se tranca lá dentro com ordens para não ser interrompido. É hora da meditação e oração. Depois de estar com Deus, agora sim, se dispõe a estar com os homens. Começam a chover telefonemas dos pastores das ilhas.
Em casa, por ser privacidade familiar, entendemos não ser ético entrar. Entretanto, quisemos mostrar a mesa. Parece que está a querer convidar um terceiro para o lugar disponível mesmo na ponta da mesa. Há para beber suco mais e sprite. A mesa está a condizer com o casal. Simples mas rica.
Deus abençoe a família Araújo.

Altar Nacional de Oração

Caros colegas
Saudações no inigualável Nome de Jesus.
Desde Fevereiro temos tido um outro Coordenador para o Altar Nacional de Oração, o irmão Pastor Jorge Fernandes, da Igreja da Assembleia de Deus.Na última reunião com os obreiros da capital, fiquei sabendo que cada Pastor consoante sua denominação, entraria em contacto com os seus colegas. Assim, como teremos "DEZ DIAS DE ORAÇÃO SEM PARAR - 1 a 10 de Maio", estou a avisar-vos. Farei chegar a Agenda de Oração em vossas mãos o mais cedo possível por internet. Estou a providenciar nesse sentido.
Por favor, começem a incluir isso na vossa agenda de actividades locais. É muito importante. Um avivamento nacional ou mundial pode estar mais perto, se cada igreja fizer a sua parte.
Que Deus nos visite.
Em Cristo,
Armando

Wednesday, April 23, 2008

Dia do professor

“Ensinar é uma arte”. CURY (2003) nos elucida que educar é semear com sabedoria e colher com paciência.
Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade que nos é concedida de, neste sublime dia, 23 de Abril, felicitar os nossos ilustres e distintos professores, que dedicaram, com entrega total, a mais árdua e nobre tarefa que é ensinar. Muitos doaram os melhores dias das suas vidas, muitas vezes não importando com a distância, sacrificando momentos que poderiam aproveitar em outras actividades de lazer com a família, para suprir nossas necessidades como alunos, embora, vezes sem conta, desconhecido o papel preponderante e decisivo no desenvolvimento sustentável da nossa sociedade.
Mesmo que essa sociedade não vos reconheça como autores e artistas no palco da nossa inteligência, acreditamos que em cada coração humilde se brota a sensibilidade de autenticar que vós sois e sereis a peça fundamental no processo do desenvolvimento, e que sois úteis e capazes de ajudar-nos na perspectivação do nosso futuro, enquanto alunos.
Fica aqui o nosso respeito e reconhecimento e desejar-vos felicidade e dizer-vos que precisamos do vosso apoio na construção da nossa personalidade e identidade, para que possamos ser cidadãos capazes de participar activamente na vida societária, contribuindo para a evolução contínua de uma sociedade saudável, onde possa reinar a paz, a solidariedade, o amor.
Sem vós, somos apenas nós, não teremos a vossa marca. O que somos é consequência das vossas acções. Não tenham medo de ensinar, mesmo que o fruto não se revela imediatamente, mas, com certeza, ao seu tempo, com paciência, colherão. Obrigado por tudo.
Eliseu Monteiro

Campanha de Limpeza em Sal Rei

A RCV (Rádio de Cabo Verde) noticiou, ontem de manhã, que jovens nazarenos de Sal Rei estiveram de fato-macaco com pás e carrinhos-de-mão a limpar, de Rabil a Sal Rei. Muitos turistas italianos mandaram parar as viaturas que os transportavam para acionarem as suas objectivas. Os naturais da ilha vendo os nossos jovens a remover os entulhos batiam com a cabeça. A JNI de Sal Rei marcou muitos pontos. Foi dito que foram recolhidas mais de 6 toneladas de lixo com destaque para garrafas e sacos de plástico. Não poderíamos deixar de enaltecer iniciativas como essa. Se na ilha de Boavista onde o lixo não é tanto, comparado, por exemplo, com a nossa capital, recolheu-se entre garrafas e plásticos mais de 6 toneladas, quantas seriam recolhidas se a campanha tivesse sido na Praia. Aliás, os jovens nazarenos da capital poderiam perfeitamente importar esta iniciativa. Para além de ajudar o ambiente, traria mais visibilidade à juventude nazarena.
Parabéns, rapazes e meninas de Bubista.

Assembléia Distrital da Escandinávia (Clique aqui)

A Paz
Ide e fazei discípulos!
Deus nos abençoou grandemente na nossa primeira Assembléia Distrital do distrito de Escandinávia em Noruega, Oslo, no dia 19 e seguindo-se com um grande culto de adoração no Domingo. Cerca de 60 irmãos convidados incluindo crianças estiveram no evento e vimos um novo despertar para o nosso distrito. Aqui temos alguns fotos que marcaram a nossa Assembléia, de louvor e adoração, pregação, relatórios e confraternização. Recebemos visitantes da Dinamarca, Suécia (Irmão Henriquinho de Fajã e sua estimada esposa) irmãos de Polam, Director da zona Báltica Rev. Everet Tustin e sua esposa, que estarão nos ajudando no treinamento de lideres da igreja e a na plantação de novas congregações na região Escandinávia. Conosco esteve o Director do campo, Philipe MacAlister da Irlanda do Norte que presidiu a Assembléia, junto com o Superintendente do Distrito Rev. Kaj Ove. O desafio para o distrito é grande e um dos alvos é que todas as igrejas se tornem auto-sustento a fim de podermos desenvolver e encarar nova realidade ajudando novas congregações. Pedimos orações a todos os irmãos de Cabo verde e de mundo inteiro. É tempo de avivamento nos países de Escandinávia. Deus está no comando de todas as coisas e sabemos que a Obra é do Senhor. A nossa igreja brevemente estará recebendo o registro oficial do governo Norueguês e isto nos facilitará no avanço e crescimento da obra missionária em Noruega e toda Escandinávia. O tempo urge para todos nós e precisamos nos envolver com a obra e trabalhar para o Senhor. Precisamos olhar sim, mas mais do que olhar, precisamos trabalhar. Precisamos servir de coração envolvendo todo o nosso tempo, talento e mordomia. Deus nos deu a vitória porque ele mesmo decretou a vitoria sobre a sua Igreja desde o princípio. Somos nova geração que olha cada amigo como novo ganhador de almas e novo plantador de Igrejas. Sabemos também que Tanto Noruega, Dinamarca, Cabo Verde e os demais países à volta do mundo inteiro têm este Zelo e fervor de ver o Reino de Deus a se expandir....Enquanto a minha palavra não for pregada por toda parte não virá o fim!... Quem disse isso sabemos e a igreja sabe desta tão grande responsabilidade: Ide e fazei discípulos. Os irmãos de toda Escandinávia enviam cumprimentos a todos e pedimos as vossas orações.
No nome do Senhor Jesus Cristo.
Jorge Rocha
Ammerudveien 660958, Oslo Noruega
(Clique no título para ver fotos)

Congregação de Patim

A igreja de Patim foi oficializada em 1995. O trabalho começou bastante antes, sendo um dos primeiros arredores de São Filipe. Começou nos anos 50 com o saudoso Rev. Luciano de Barros. Muitos dos crentes na foto converteram sob o seu ministério.
Como se pode ver na foto, a casa de culto era de pedra e telha francesa. De lá para cá, as coisas mudaram muito. Hoje, em fase final de construção, já existe um templo condigno em Patim.
D. Zuvina, anciã com mais de 90 anos, já viu a sua bisneta a ser recebida como membro em Patim. D. Zuvina está de blusa azul-celeste na foto. Esta foto foi feita nos anos oitenta.
Se hoje existe uma boa congregação em Patim é porque no passado muitos homens e mulheres de Deus subiram Brandão acima, atravessaram Vicente Dias, desceram Penteada abaixo, escalaram Luzia Nunes, bebendo água em casa do Sr. Cristiano para se refrescarem, arranjaram fôlego e chegaram a Patim. Bem-aventurados todos os homens e mulheres que pregaram em Patim.
Deus abençoe a sua igreja em Patim.

Casal Brito

Os nossos irmãos Sr. Henrique e D. Marcelina são emigrantes e vivem actualmente em Gotemburg – Suécia. O casal Brito (Sr Henriquinho e D. Shau como são carinhosamente tratados pelos amigos), natural de Fajã de Baixo, São Nicolau, emigrou para Holanda no final dos anos oitenta tendo depois mudado para Suécia. Regularmente visita a terra para respirar o ar puro do Canto de Fajã. O irmão Henrique quando está em São Nicolau de férias não dispensa umas voltas na sua moto.
Sr. Henrique e D. Marcelina, Deus vos abençoe.

Nota: neste momento com esta nota editada pronta a sair, recebemos de Suécia uma chamada por telemovel do irmão Henrique. Grande coincidência. Muito obrigado pelas palavras que me dirigiu.

Tuesday, April 22, 2008

ALEGRA-ME A IDÉIA DE QUE VOCÊ EXISTE--José João Neves B. Vicente

A partir desse título retirado da experiência comum, vou refletir sobre o amor. Uma palavra usada com facilidade e, no entanto, raramente compreendida.
O amor representava para os gregos antigos, uma força universal capaz de manter unidos os elementos diferentes do mundo, de superar diferenças e conflitos e de dar ao mundo a unidade e a harmonia que garantiam a sua beleza e vida. O cristianismo viu no amor o laço que torna a humanidade uma única família, relacionando-a com o Pai Celestial, que é Deus. Essas idéias visavam, exclusivamente, reconhecer no amor o caráter de durabilidade, de eternidade, da superação das diferenças individuais e sua fusão num amálgama estável e definitivo, que distingue o amor das relações eróticas mutáveis ou passageiras, bem como dos caprichos ocasionais, das empolgações românticas do sentimento ou desejo. Assim, o mor não deve ser entendido como o vagabundear da emoção e da sexualidade, mas a chegada segura e definitiva. Dizer a alguém “alegra-me a idéia de que você existe” é, na sua essência, declarar-lhe seu amor. Mas normalmente as pessoas são felizes com a idéia de possuir o outro (e nesse caso não é o outro que elas amam, mas sim a posse dele), ou de serem amados por ele (e nesse caso não é ele que elas amam, mas sim seu amor), e é o que se chama paixão, sempre egoísta, sempre narcísica, e fadada unicamente ao fracasso: não se pode possuir ninguém.
Algumas pessoas afirmam que o amor significa a fusão íntima e total de dois seres humanos diversos. Ora, essa tentativa é, essencialmente, uma negação da realidade da pessoa e sua exigência de autonomia. O amor assim significa o seu próprio fracasso. Pois, cada um dos parceiros quer ser tudo para o outro, o que significa reduzi-lo a nada. É necessário ter em mente sempre a idéia de que amor entre humanos, na sua essência, não é uma unidade, mas uma união: a união entre dois seres diversos que livremente decidem compartilhar o mesmo destino, cuidar-se mutuamente, viver no calor de uma atração recíproca permanente e de um afeto terno e sincero sem vacilações. E é bom lembrar, numa união desse tipo, não há nada de automático, fatal e infalível. Mas sim, um equilíbrio que se pode alcançar, manter e corrigir com o passar do tempo e mudanças das ocorrências da vida, que não poupam a ninguém. Nas ocorrências da vida, podem surgir dúvidas, incompreensões ou mesmo conflitos face a diferenças das aspirações, dos gostos, bem como juízos que caracterizam inevitavelmente todos os seres humanos. Quero dizer que todas estas circunstâncias são provas pelas quais todo o amor deve passar e que pode vencer se é um amor. (clique no titulo para ler mais...)

José João Neves B. Vicente.
Filósofo, pesquisador, professor da Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba (FACER), do Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz (IFTSC) e Editor da Revista Facer. E-mail: josebvicente@bol.com.br

Semana Especial da JNI – Achadinha

Começou, anteontem, domingo, dia 20 de Abril, em Achadinha a maratona dos jovens. É a semana especial que este ano tem como evangelista o Rev. Aderito Ferreira. Os jovens têm estado por semanas em preparativos. O único problema que ainda se coloca em Achadinha e não se sabe até quando, se prende com o espaço. A somar à exiguidade do espaço vem a temperatura interior do templo devido à cobertura metálica. Seja como for, durante esta semana, espera-se que a igreja esteja a transbordar na linha dos que têm sido as outras semanas especiais de JNI. Boa semana, jovens.

Mais uma Piroga

Foi encontrada numa praia deserta em São Nicolau uma Piroga que, à semelhança das outras, deve ter vindo com clandestinos da costa ocidental de África. Desta vez, ninguém foi visto. O barco improvisado foi encontrado vazio, anteontem, domingo, 20/04, na praia perto de Belém, município de Ribeira Brava. A polícia marítima esteve no local a tomar nota da ocorrência. Esta piroga, segundo a polícia, mede 13m de comprimento e 3,5 de largura. Foram encontradas algumas vasilhas vazias e outras 5 cheias de combustível. O motor Yamaha funcional encontrado não deixa dúvidas: Havia pessoas a bordo que poderão estar em São Nicolau ou então aconteceu algum transbordo. A polícia pediu à população que, se for visto algum movimento suspeito de pessoas, seja acionado o 132 de imediato.
Pelos vistos, clandestinos terão entrado no País a bordo de mais esta Piroga.
Sobre o que acontece nos nossos mares, nada ou quase nada se sabe. No princípio de Abril, o navio de passageiro “Barlavento” encalhou nas costas da ilha do Fogo. Tinha 10 passageiros a bordo como poderia ter 100 ou 200. Não se ouviu falar em inquérito para apurar responsabilidades. Como é que um barco de passageiro resolve ir de encontro à rocha e ninguém fala na causa do acidente. Houve alguma avaria nos equipamentos de navegação? Terá sido falha humana? O que realmente aconteceu? São seguras as viagens de barco que milhares de caboverdianos fazem nos nossos mares?
E com esta Piroga? Alguma investigação será levada a cabo para se apurar a verdade dos factos?
A resposta a estas interrogações tranqüilizaria o povo ilhéu.
Do mar, sempre veio boas novas para as ilhas. Os nossos poetas e compositores têm no mar uma grande fonte de inspiração. O mar é tão importante para o País que se criou o Ministério do Mar, mas o que temos visto é um Mar cheio de mistérios.
“Mar di canal bo é carambolento, bu carambolam, bu respinga na mi”

O problema pode residir em mim!

“A tomada de decisão é muito mais do que um momento final de escolha, trata-se de um processo complexo que implica investigação, análise, interpretação e reflexão”.

Existem diferentes tipos de pessoas, assim como essas mesmas pessoas enxergam, o mesmo objecto, de formas distintas. Sabia que nós vemos aquilo que determinarmos ver?
Certa vez, uma senhora, fazendo os seus deveres domésticos, avistou, através da sua janela de vidro, uma vizinha lavando e secando diligentemente as suas roupas. Imediatamente, chamou o marido dela para mostrar a cena. Ela disse para ele: essa nossa “amiga” não se envergonha de pendurar essas vestes sujas e mal passadas, credo! Ela não passa de uma “…L…”, deixou soltar um palavrão. Saindo à rua, foi de perto desvendar essa “pouca-vergonha”. Para o seu espanto, constatou que as roupas da sua vizinha estavam tão nítidas e perfumadas, de teor inimaginável. Voltou para dentro e “caiu a ficha”, por fim decifrou o mistério – a pouca-vergonha – o vidro da sua janela estava encardida...
Nós somos guiados por paradigma, que segundo James C. Hunter (2004:42) são simplesmente padrões psicológicos, modelos ou mapas que utilizamos para navegar na vida, que, na minha modesta opinião, são muitas vezes incertos e erróneos e que, consequentemente, nos leva a trilhar por itinerário muitas vezes incerto e desconhecido e a tirar ilações irreflectidas e desfasadas do real acontecimento. Na interpretação de qualquer conteúdo estão impregnadas, consciente ou inconsciente, as nossas impressões, não obstante a mensagem que o emissor almeja transmitir, facto este, que enriquece ou estorva o fluxo informativo.
Não sou especialista em oftalmologia, nem tão pouco noutra área medicinal, contudo posso considerar que entre observador e o observado existem múltiplos factores, internos (falta conhecimento, interpretação, problemas psicossomáticos e visuais, orgulho…) e externo (o outro, uma janela cujo o vidro está sujo, enfim…), que impendem uma nítida e perfeita visão.
Há quem só consegue enxergar problemas/caos e colocar defeitos nas outras pessoas, outros há, que fingem não ver nada, outros porém, para além dos problemas, que é notável, vêem oportunidades de mudanças, diversas possibilidades de recomeçar ou de crescer. Você pode, neste excerto ou neste blog, divisar apenas os erros, entretanto pode também tirar alguns benefícios não obstante os erros neles contidos.
Quantas vezes já não tomamos decisões precipitadas ou tirar ilações inexactas e erróneas relativamente àquilo que observamos de uma pessoa, do seu comportamento, da sua vivência? Quantas vezes já fomos enganados pela vidraça da nossa janela? Quantas vezes já concluímos que o problema não está nos outros, mas em nós? Eu me incluo nisso, cogito ser o momento de vermos, “com olhos de ver”, e corrigir os nossos erros, preparando para poder auxiliar os que de nós precisam e não censurá-los, para que futuramente não cometam os mesmos equívocos.
Fica o meu parecer: os nossos problemas não são maiores que a nossa determinação, eles são passíveis de resolução. Não apontemos o dedo para o outro, antes de analisarmos a nossa vida, para que não tenhamos o mesmo espanto da senhora. Não tomemos nenhuma decisão antes de… leia o início do texto.

Pedido de Oração Urgente

Caro irmão,


Nu tem stadu sempre ta agradeci Deus pa visao qui é dou pa cria és spaço tao bom qui tem diminuido distancia entre es povo.


Na nomi di nos familia LOPES nu ta pedia povo di Deu qué pa oraba pa nos como familia e principalmente pa nos Rainha MÃE que nes momento sta passa pa problema di saude. Ses odju ca sta nada dretu e é sta bem ser evacuada pa Portugal com urgencia pa tratamento. Segundo se Médico situaçao é dificil e complicado, ma pa nos qui sempre acredita e depende di Médicos dos médicos nu ta continua ta confia qui Deus é soluçao e dje teni soluçao pa tudo queli. Tudo nos Caboverdianos nu sabi mo qui é demorado processo di evacuaçao... untom cu tudo humildade nu ta abri nos coraçao diante di nhos, nos irmões pa suplica nhos oraçao de forma a qui Deus podi coloca ses Anjos na lugar certo e pa portas seja aberto na momento certo.


Em Cristo,


Ester Lopes

Nota de José Heleno: Vamos orar a favor da nossa irmã D. Lucha. Caso algum irmão queira falar pessoalmente com ela, tome nota do movel: 9915459.
Melhoras à nossa querida D. Lucha.

Saturday, April 19, 2008

Entrevista com o Apóstolo Paulo na Prisão

Obtivemos autorização das autoridades romanas para visitar o apóstolo Paulo em sua prisão domiciliar e realizamos ali uma entrevista exclusiva para os irmãos da igreja brasileira. Estavam como ele Lucas e Timóteo.
Pergunta: As mulheres lá no Brasil ficaram intrigadas porque você as proibiu de falarem na igreja, e caso tivessem alguma dúvida perguntassem para o marido em casa.

Paulo: Aquilo que escrevi foi específico para uma comunidade local. As pessoas têm de se recordar de minha palavra aos Gálatas, de que em Cristo não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher, porque todos somos um em Cristo Jesus. (Gl 3.28)

Pergunta: É muito comum em nossas igrejas a questão dos casamentos mistos, ou seja, mulheres crentes que têm esposos não-crentes. Como é que fica isso?

Paulo: É simples. Não deixe ela o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Até os filhos são abençoados na casa. (1Co 7.13-14)

Pergunta: Algumas pessoas de nossa igreja dizem que não sabem orar. O que você falaria para elas?

Paulo: E quem é que sabe orar direito? Ninguém. Na verdade não somos nós que oramos mais é o Espírito que ora em nós e nos assiste em nossa fraqueza. É o Espírito que intercede por nós, muitas vezes com gemidos inexprimíveis. (Rm 8.26)

Pergunta: Paulo, queremos que o poder do Espírito flua inteiramente em nós. Mas isso nem sempre tem acontecido. Será que ainda falta receber mais alguma coisa que não recebemos? Temos de esperar acontecer algo?

Paulo: Tudo o que vocês precisam para Ter uma vida plena, vocês já receberam. Se vocês não tivessem recebido o Espírito de Cristo, nem crentes seriam. Eu nunca falei para esperar que "alguma coisa" ainda acontecesse, mas o que eu disse nas epístolas foi: - Agora que vocês têm o Espírito, enchei-vos Dele . Encham-se cada vez mais do Espírito. Não entristeçam o Espírito, nem apaguem o Espírito, como muitos têm feito e depois não sabem porque não tem poder. O Espírito não nos foi concedido em "pedaços" e nem está faltando uma parte a receber: pois todos quantos foram batizados em Cristo de Cristo se revestiram. Portanto, enchei-vos do Espírito. (Rm 8.9; Ef 5.18; Gl 3.27)
Pergunta: O que você nos ensinaria para termos um culto que Deus se agrade?

Paulo: Olha, tudo o que se faz num culto tem de ser para a edificação do povo. Aqui na nossa igreja em Corinto, por exemplo, os irmãos têm muitos dons: um tem salmo, outro doutrina, outro traz revelação, outro língua, outro interpretação. Ótimo, mas tem de ser de uma maneira que edifique, senão não adianta. Eu tive de intervir e dizer para eles: tudo precisa ser feito com ordem pois Deus não é de confusão e sim de paz. Aí ficou uma maravilha! (1Co 14.26; 1Co 14.40; 1Co 14.33).
Pergunta: Foi por isso que você escreveu o "hino ao amor" para a igreja de Corinto?

Paulo: Claro! Não adiantaria nada a eles falar em línguas, profetizar, conhecer todos os mistérios, transportar montes, se não tivessem o amor dentro de si. Eles seriam apenas crentes barulhentos e nada mais; aliás, nem crentes seriam pois ninguém pode dizer que é cristão se não viver o amor. (1Co 13.1-3)

Pergunta: A igreja brasileira é constantemente assolada por divisões, e cada igreja nova que surge, ela fala que é a verdadeira. Está certo isso?

Paulo: Ah, vocês também têm esse problema? Aqui é um tal de falar que é de Paulo, outro falar que é de Pedro, outro de Apolo. Quem somos nós? Somos apenas servos. Na verdade, Deus é mais importante: é Dele que vem a salvação e o crescimento. (1Co 3.4-6)

Pergunta: Que palavra exortativa você daria aos irmãos evangélicos brasileiros?

Paulo: Rogo a vocês, irmãos, pelo nome do nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma cousa e que não haja entre vós divisões; antes, sejam inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. (1Co 1.10)

Daniel Rocha

Lindinês faz I aniversário

A nossa sobrinha Lindinês completa o seu primeiro aniversário, amanhã, domingo, dia 20 de Abril.
Nesta hora de soprar a primeira velinha, certamente ainda com a ajuda da Elsa, o nosso primeiro desejo é que ela seja muito feliz, muito amada e que Deus ocupe sempre o primeiro lugar na sua vida.

Beijinhos de parabéns.

Casal Rodrigues

Depois de termos visto o nosso irmão Rev. Mário a escrever o seu nome na rocha, desta vez mostramos a foto do casal. A família Rodrigues mora em Sal Rei. Ela é constituída de quatro membros: Mário, Bia, Rony e Renilda.
Atualmente, o Rev. Mário serve na igreja de Povoação Velha. Para além de servir como pastor, ele é também professor no liceu de Sal Rei.
Deus abençoe a família Rodrigues.

Emílio reage como pai

Depois de ter viajado no dia 14 para o Brasil, ter carregado pela primeira vez a sua filha, ter respirado fundo, eis as suas primeiras palavras:"Oi Pastor amigo. Ser pai é algo que te faz sonhar todos os dias e a pergunta que nunca quer calar é: -será que este sonho é verdadeiro mesmo?-estou noutro mundo; ela é muito simpática, inteligente e, para desilusão de muitos, é parecida com o pai e é linda."
Emílio, você não precisa acordar pois não está a sonhar. É realidade mesmo.

Deus vos abençoe.

Friday, April 18, 2008

Vale dos Cavaleiros




A ilha do Fogo é conhecida pelo seu mar malcriado. Em 1982, o seu cais acostável ficou aos pedaços, quando o navio “Ilha do Maio” embateu contra os seus muros, vítima do ciclone “Berril”. A coisa começou feia. Foi no dia 22 agosto de 1982 que ventos superiores a 120 km por hora afetaram as ilhas do sul principalmente a ilha Brava. Para além de despedaçar o cais do Fogo, destelhou a igreja do nazareno de Nova Sintra.
Um outro estrago não menos grave também se deu com o primeiro navio “Furna”. Este foi arrastado pelas altas e assassinas ondas daquela fatídica noite. Foi encalhar na praia daguada perto da baía de Furna.
Por muitos anos, a ilha do Fogo ficou sem ser tocado por uma embarcação. Os barcos fundeavam perto da praia e botes se encarregavam de fazer chegar à terra firme as cargas e as pessoas. Vezes sem conta, passageiros saíam bambudos nas costas dos braçais que não cobravam pouco dinheiro para tal serviço. Conta-se que muitas mulheres vaidosas recusavam ser agarradas por aqueles homens a cheirar maresia. Exigiam que fossem tomar banho antes de lhes tocarem. Depois de satisfeita a primeira exigência, essas burguesas falavam em alto e bom som que só montavam nesses cachos com albardas bem celadas. Depois de todas as exigências estarem cumpridas, porque não tinham outra saída, aceitavam ser carregadas como sacos de pirã no tempo do navio “Madalã”. Os braçais cansados de tanta grandeza dessas mulheres, outras sem beira nem eira, no meio do trajeto, tropicavam e caíam na água ficando a luisapã e a combinação delas e todo o resto às mostras. Refeitas do acidente provocado, agora é que começa a verdadeira carcutição. Esgravatavam até a bisdona dos homens do mar.
Os espectadores ficavam a desmaiar de graça.
Assim era o desembarcar na ilha do Fogo.
Durante a nossa estada no Fogo, ouvimos um braçal a recordar dos tempos idos confessando estar com saudades do tempo das albardas.
Coisas do Fogo!
Dá para entender?

Carlos Daniel Tavares

Carlos Daniel não mudou a cara. Ele é casado e pai de uma linda menina cujo nome é: Makenna. Antes do filho da D. Rita se casar, terminou os estudos universitários. Carlos Daniel é um homem manso, inteligente, amigo da família e muito responsável.
Carlos Daniel, Deus te abençoe.

Acampamento 1968

Esta foto é do longínquo acampamento de 1968 que decorreu na vila de Tarrafal de Santiago.
As caras são totalmente desconhecidas por nós, sendo certo que os mais velhos, possivelmente, reconhecerão os campistas dos anos sessenta.
Este é mais um capitulo da nossa rica história.

Thursday, April 17, 2008

4 Jovens Nazarenos morrem num acidente

A tragédia aconteceu no dia 12 de Abril passado, em LA - EUA. Quatro jovens nazarenos morreram num brutal acidente de automóvel deixando a família mergulhada em profunda tristeza. Segundo a polícia, a causa do acidente terá sido excesso de velocidade.
O pai de um dos jovens que é pastor caiu em depressão. Oremos a favor dessas famílias enlutadas.

Coluna do Dr. João Gomes

CRISE DA REALIDADE
«E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; Para que andeis honestamente, para os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma» - I Tessalonicenses, cap.4, vers.11 e 12.
Em Cabo Verde, é visível, apesar da pobreza estrutural, a transformação do aspecto físico das nossas vilas, aldeias e cidades. Rasgaram-se estradas pelos mais variados rincões, construíram-se escolas e liceus um pouco por todo o lado, ergueram-se infra-estruturas básicas que modificaram, qualitativamente, o dia-a-dia dos cidadãos mas, ficou esquecido que nem só de betão vive o homem cabo-verdiano. Têm faltado políticas de sustentabilidade social e falhou-se, redondamente na criação de condições que permitissem às classes mais desfavorecidas irem ficando, paulatinamente, menos dependentes dos tais famigerados “empregos públicos” ou dos “contratos-programa” com as autoridades locais. Ano entra, ano sai e a lenga-lenga é a mesma. Cai chuva, há sorrisos, não cai chuva, há choro. Nada de novo debaixo do sol!
Mas, do meu ponto de vista, o desenvolvimento fez firmar uma ideia muito perniciosa incutida na mente das pessoas, a de que todos podem ter tudo, e que o cidadão cabo-verdiano pode levar uma vida de cidadão do 1º mundo. «Não interessa o teu rendimento familiar, queres ter, tem!» Como? Desenrasca-te! E com que consequências? Passamos a viver aquilo que alguém chamou de CRISE DA REALIDADE. Ou seja, as pessoas passaram a viver num fausto irreal, suportado por nuvens de impossibilidades e por carradas de alicerces podres. O que se tem não se consegue pagar. Como suportar prestações mensais de 100, quando o rendimento familiar é de 20?! Mas, que importa!? Se fulano tem, eu também tenho de ter, porque não?! E esqueço que fulano também está a enganar-me, pois o que ele tem também não está a conseguir pagar. E toda essa crise de realidade traz por arrastão, o germe da destruição do tecido social!
Essa crise de realidade força então a uma rabidância sem limites. Como meio de atingir fins sempre materialistas, prostituem-se mentalidades, enganam-se pessoas, sacrificam-se convicções, sempre na ânsia de ter mais e mais. Ninguém tem paciência para esperar, consequentemente, ninguém batalha por coisa alguma com carácter colectivo. Se se entregar a alguém ou a alguma coisa for a única solução para ter mais e mais de forma rápida, que seja! Não importam mais as convicções, nem a aposta em carreiras francas e honestas, nem a construção do nome e dignidade profissionais, valores caros nos tempos dos nossos pais, estes que nunca estão fora de moda. Antes, continuam sendo baluartes da honra e do bom-nome, bens inestimáveis e de valor incalculável.
O cinismo ganhou papel de destaque. Como forma de colher louros e vantagens, finge-se acreditar no outro, a mão que afaga é a mesma mão que bate, e o sorriso da chegada é o escárnio da partida. Defendem-se pessoas e projectos não pelas matrizes que os corporizam mas pelas vantagens, quase sempre financeiras, daí advenientes. Fulano pode até ter as ideias certas, mas como não tem “nada” para oferecer, prefere-se o silêncio, a omissão, em vez da luta por uma crença. Porque com os bolsos cheios de honestidade e de convicções, não se consegue suportar a «casa do tolo que sobre a areia se fez», como ensina o coro evangélico!
Nós, os cristãos, somos chamados a mudar este quadro. Temos de pugnar por ideais mais nobres, sem pôr em causa o legítimo direito individual de «subir na vida». Contudo, este direito não deve ser exercido à revelia da realidade, nem à custa do amordaçamento das convicções nem da morte das emoções. Meu povo já não se emociona, tornou-se duro. Meu amigo vê em qualquer frase mansa minha, uma ameaça ao seu mundo e à possível descoberta da sua arca dos tesouros escondidos. E assim, vamos cada vez mais ficando distantes uns dos outros. Nós não podemos continuar a manter o ter à frente do ser. Torna-se necessário resgatar valores imateriais como a nobreza do carácter, o acreditar nas coisas que a traça e a ferrugem não consomem, vivendo daquilo que as nossas mãos produzem, andando honestamente e aí veremos, que não necessitaremos de coisa alguma. Deus nos ajude!
Nota: Há 5 anos atrás escrevi um artigo semelhante a este para o Jornal “A Semana”. Por estar a conversar com um amigo meu sobre este assunto que continua sendo actual, resolvi voltar a publicá-lo, depois de feitas as necessárias adaptações.

O TODO É DIFERENTE DA SOMA DAS PARTES

Neste momento todos devem estar com um grande ponto de interrogação perguntando o porquê deste título, mas não é nada de excêntrico. Simplesmente quero dizer que agora mais do que nunca devemos estar unidos, pois, no mundo em que nós somos confrontados, a um ritmo alucinante, com toda a espécie de estudos que querem provar que o que cremos realmente, não tem uma prova científica. Mas é a ciência que procura, e é a que está cada vez mais perto de dar uma resposta à pergunta que não quer calar, «será que DEUS existe?».
Às vezes caímos na tentação do «está cientificamente provado» mas nem tudo que é ciência é verídica e coerente afim de convencer-nos a praticar as evidências que defendem. Em CRISTO somos um mas a nossa consciência sempre nos leva a crer e a praticar coisas que nós achamos correctas. Afinal de contas, há várias características que nos distinguem e nos tornam num ser único, mas isso não justifica a nossa falta de unidade, onde cada um pensa de uma forma, sem que haja uma consciência colectiva.
Cada um de nós é uma parte deste todo, mas cada uma das partes deve ser vista a desempenhar a mesma função dentro do todo a que pertence. Ou seja o nosso comportamento deve ser igual dentro e fora do todo. Só assim alcançaremos os nossos objectivos, e levar as pessoas a crer que a união faz a força.
Tomar o todo pelas partes leva-nos a não poder ser a excepção a regra. No mundo onde tudo é normal, um que apresenta diferenças, é criticado e muitas vezes posto à margem. Mas que isso não nos abale mas pelo contrário nos torne mais fortes para prosseguir e continuar a nossa jornada.
Estamos num mundo onde experimentamos situações, por vezes desconfortáveis, em que nós reconhecemos que não demos a nossa opinião pessoal a respeito de determinado assunto ou acontecimento. Por exemplo, tu e um grupo de amigos foram assistir um filme na casa de um dos membros do grupo, mas acabas por ver o filme, que não gostas particularmente.
Mas se o grupo que te acompanha mostrar entusiasmo sentes pressionado a concordar ou a ficar em silêncio a fim de não mostrar a tua opinião discordante da dos outros. Nós simplesmente nos conformamos. O que quero dizer com isso? Que o conformismo é uma forma de influência, onde nós mudamos de comportamento e de atitude por pressão do grupo ou porque não queremos parecer “do contra” e que por vezes fora do todo não temos a oportunidade de mostrar realmente qual é a nossa posição, andando de mãos dadas com o conformismo.
É difícil resistir a pressão do grupo mas não é algo impossível de ser realizado, é basta querer e acreditar. Mas se não somente tu tiveres a mesma opinião sobre um determinado assunto terás mais motivação para se defender. Assim deve ser dentro do todo. Se todos vêm uma coisa de determinada forma, nem estamos a confundir os que nos ouvem ou que nos vêm, nem estaremos confundindo a nós mesmo do que somos. Estaremos deixando reflectir o que somos através dos nossos actos. Mas deixo aqui um apelo para si:
“ Acredite, lute, tente, e opine, não se conforme com o mal, confie mais no teu juízo e opinião desde que este esteja de acordo com o bem, e sem que isso vá magoar terceiros, não ceda ao conformismo. Escolha nos vários caminhos da vida o melhor, só assim triunfarás.”
Ah!!! E não se esqueça - o todo é diferente da soma das partes.
Regina Ramos

Nota: Regina tem 16 anos, é membro da nossa igreja em Ribeira Grande - Santo Antão

Wednesday, April 16, 2008

Mario inscrito na Rocha

O nosso amado colega e irmão Rev Mario Rodrigues inscreveu o seu nome na rocha. Não importa onde se encontra a tal rocha. Flagrámos o nosso irmão se escrevendo. Está escrito o seu nome na rocha da Boavista para, mais tarde, ninguém vir dizer que ele não é de Bubista.
O nosso irmão, para além de ter sido inscrito no Céu, também se inscreveu na terra.

Está escrito "assim na Terra como no Céu".

Deus abençoe o nosso irmão Rev. Rodrigues.

Tuesday, April 15, 2008

Martinho da Vila

Quem não se lembra dele? O nosso irmão Zé Carlos de Bubista continua igual a si mesmo. Está sempre acompanhado do seu violão.
Ele ficou conhecido como "Martinho da Vila". Ele recebeu este título devido à sua veia musical e humorística. Aliás, é quase impossível estar perto dele e conseguir segurar a graça. Certamente, muitos já estão a rir vendo Zé Carlos com a barriga de fora e com aquela cara.
Mas a verdade que todos terão prazer em saber é que o nosso irmão Zé Carlos continua firme e fiel servindo a Deus na sua igreja em Sal Rei.
Ele é um grande humorista e um grande irmão.
Zé Carlos, Deus te abençoe.

Monday, April 14, 2008

Daniel Delgado

O cabo-verdiano Daniel Delgado, 43 anos, não tem problemas de auto-estima. Quando marcamos para nos encontrarmos, a referência que me passou foi: “Encontre-me na frente do banco. Eu sou o bonitão de cabelo grisalho.”
Ele é, realmente, um homem calmo, amigável e bonito. Mas nem sempre foi assim. Por muito tempo, Delgado foi um delinquente, vivendo de drogas, álcool e bandidagem. Mudava de país, mas o padrão continuava o mesmo.
Em 2000, no entanto, a sua vida “deu uma cambalhota”. Aos 35 anos, descobriu que era seropositivo. E achou que o melhor seria suicidar-se. Mas, felizmente, nem tudo saiu como planeado.
Depoimento de Daniel Delgado:
Desde muito cedo, o meu estilo de vida era perigoso. Nasci em Cabo Verde, mas mudei-me para Portugal aos 12 anos. Tive o meu primeiro contacto com drogas aos 13. Estudei só até ao quinto ano.
Aos 21 anos, voltei para Cabo Verde. Casei-me e tive uma filha. Depois de dois anos, fui com a minha família para os Estados Unidos. Era em 1987. Usava drogas escondido. Um dia a minha mulher encontrou maconha e cocaína numa das minhas roupas. Foi quando nos separamos.
Acho que foi nessa fase que me infectei. Eu era delinquente, consumia drogas, fazia assaltos à mão armada. Praticava também sexo desprotegido. Depois de sete anos nos EUA, fui deportado.
Em Cabo Verde, passei um tempo nas Tendas El-Shaddai, um centro de reabilitação para toxicodependentes, mas sempre pensando em como voltar para Portugal. Parti pela segunda vez para Lisboa no final de 1999.
Alguns meses depois de ter chegado a Portugal descobri ser seropositivo.
O diagnóstico
Eu era pintor de construção civil quando fui diagnosticado em 2000. Fazia trabalho pesado. Um dia, fui fazer xixi e saiu um jacto de sangue. No hospital, fizeram exames de sangue e mandaram-me para casa.
Comecei a piorar. Não conseguia ficar de pé. Tinha diarréia, vomitava. Voltei ao hospital e fiquei na Unidade de Terapia Intensiva até que me deram uma resposta: eu era seropositivo.
Naquela hora, só pensei em matar-me. Eu tinha um conhecido que tinha falecido de sida. Dois dias depois do diagnóstico, resolvi atirar-me do quinto andar do hospital. A sorte foi que uma enfermeira entrou no quarto e impediu-me de saltar.
Fiquei internado por três meses. Comecei com os antiretrovirais (ARVs) e recebi alta. Mas por causa de problemas pessoais, voltei às drogas e à bebida. Joguei os ARVs no lixo e comecei a viver na rua. Não percebia que a minha vida estava acabando aos poucos.
Um dia, uma instituição evangélica Portuguesa chamada Desafio Jovem encontrou-me e levou-me para um centro comunitário. Estava com diarréia, febre, tuberculose, perda de peso, tudo junto. Cheguei a pesar 36 kg. Lá coloquei a minha vida em ordem e voltei a ficar bem.
Nessa época pus os dois pés no chão e resolvi parar de brincar com a vida.
Voltar para casa
Decidi voltar para Cabo Verde para ajudar outras pessoas, como fizeram comigo. Mandei cartas para amigos e família, dizendo que tinha HIV e que estava a retornar. Ninguém conseguia aceitar. Poderia acontecer com todos, menos comigo.
Naquela época ainda não havia ARVs em Cabo Verde. Mesmo assim, juntei três meses de tratamento e voltei para Pedra Badejo em 2004. Fui trabalhar como voluntário com toxicodependentes nas Tendas El Shaddai.
A minha filha e a minha ex-mulher souberam que eu era seropositivo através de pessoas em Cabo Verde. A minha filha foi até fazer uma formação para entender melhor o que era o HIV. Depois conversou comigo e veio dos EUA até Cabo Verde para me dar um abraço de encorajamento.
Eu estava preocupado porque os meus ARVs já estavam no fim. Recebi então um telefonema da Dra. Jaqueline Pereira, do Ministério da Saúde, dizendo que tinha um presente para mim. Eram antiretrovirais. Quase explodi de alegria. Fui um dos primeiros a recebê-los quando eles chegaram ao país.
Desde que voltei a Cabo Verde, nunca mais tive recaídas nas drogas. Passei a participar em seminários, formações, até que me convidaram para trabalhar com a organização não-governamental Morabi, num projecto do Millenium Challenge Account.
Em Cabo Verde ainda existe muito preconceito. Quando cheguei, eu não era mais o Daniel bonitão, eu era o Daniel seropositivo. Não é falta de informação, as pessoas são muito fechadas. Em certas zonas nem querem ouvir falar disso. Precisa de muito trabalho.
Eu faço o que posso fazer. Hoje trabalho como activista, ensinando a operários de construção como prevenir a sida. No final do ano passado, criei uma associação para reivindicar os direitos dos seropositivos. É uma luta de todos, embora nem todos participem. Mas eu gosto do meu trabalho e de saber que estou a ajudar outras pessoas. Se parar, volto à estaca zero.
Fonte: IRIN/Plus News

A Figueira está de volta

Respondendo aos insistentes pedidos de antigos leitores do Epistolaonline, eis que anuncio o seu regresso. Na estrada, para a gloria de Deus.