Monday, April 7, 2008

TEMPO EXTRARDINÁRIO EM S.JORGINHO (Clique aqui)

No dia 5 de Abril parte dos casais da Igreja do Nazareno da Achada de S. António (contávamos com casais de outras igrejas, pois o convite feito neste blog tinha esse sentido) dirigiram-se para o centro de S. Jorginho (arredores da Praia) para estreitarem os laços de amizade entre si, brincar, conviver e ouvir a palavra de Deus que é o combustível para as famílias. Foi um tempo extraordinário! S. Jorginho continua lindo, como podem comprovar pelas fotos em anexo. Outras fotos seguirão! Muito verde, árvores frondosas, sombras acolhedoras e uma tranquilidade benfazeja. Uma boa evasão temperadora, após uma semana dura de trabalho na buliçosa, dinâmica e activa Cidade da Praia. A urbe que não dorme e onde o marasmo nunca fez morada!
O Pastor Valmir Paze foi usado por Deus, de forma tremenda. Tomando como ponto de partida a parábola da dracma perdida, de Lucas 15:8-10, começou por afirmar que a igreja é a extensão da família e não o contrário, como muitas vezes se pensa. Explicando disse que, quando há famílias equilibradas e saudáveis, consequentemente há igrejas estáveis e fortes. Alertou-nos para o facto de na maioria das vezes aquilo que perdemos está perto, sendo a nossa casa, justamente, o lugar onde isso acontece, onde perdemos os verdadeiros bens e valores.
Uma das dracmas que os casais muitas vezes perdem é a do diálogo. Ilustrou isso com a história de um homem que já estava casado há 15 anos e nunca disse à sua esposa que não gostava de peixe, apesar de, durante todo esse tempo, ele ter visto a esposa a ir, frequentemente à feira para comprar esse alimento. Conclamou-nos a aceitarmos a diferença com o nosso cônjuge, uma vez que o homem é por natureza genérico ao passo que a mulher é detalhista; o homem é mais directo enquanto a mulher é menos directa. Aconselhou-nos a nos ater à especificidade do problema que estiver a prejudicar o casal e a jamais aproveitarmos essa ocasião para trazer à tona questões do passado.
Outra dracma que amiúde perdemos é a da capacidade de perdoar. Fomos incentivados a exercer o nosso cristianismo em casa e a lembrarmo-nos que o facto de termos defeitos deveria levar-nos a perdoarmos mais aqueles (aquelas) que connosco convivem no dia a dia. Fomos exortados a dar mais atenção às coisas que vamos perdendo ao longo do tempo.
Sem discorrer sobre outras perdas, tirou do texto bíblico supra citado, lições para os casais de hoje. Uma das primeiras lições que a mulher da parábola nos ensina foi a de ela se ter dado conta de que perdera algo. Os casais, bastas vezes, não se apercebem de coisas que perdem e isso é muito perigoso para a saúde do casamento. Em segundo lugar, a mulher varreu a casa, diligentemente, para achar o que se havia perdido, ou seja, tomou a iniciativa de achar. Ao invés de cada um pôr a culpa no seu cônjuge, deveria tomar a iniciativa de achar o que se perdeu. Exortou-nos a investir, de forma abnegada, no nosso relacionamento conjugal. Em terceiro lugar, a mulher acendeu uma candeia, e esta, teologicamente, não pode ser outra coisa, senão o próprio Jesus. Se não pudermos achar algo que se perdeu, mas quisermos achar, chamemos Jesus. Ele está interessado em ajudar as famílias a achar o que estas perderam, como forma de restaurarem os bens e os valores. Nesse sentido, citou-nos uma frase do Talmude judaico que diz assim: “No dia em que dois olhos se encontraram na Terra, Deus assinou um contrato no Céu”.
Por fim, deixou-nos uma outra frase lindíssima que expressa aquilo que o casamento deveria ser – um acto de doação, ou seja, nós a doarmo-nos ao nosso cônjuge, num acto de amor sacrificial. A frase é esta «Se quiseres ser feliz, não te cases; se quiseres fazer alguém feliz, casa-te». Dá que pensar e reflectir, não é? Se cada um de nós, sem egoísmo, procurasse fazer o seu cônjuge feliz, teríamos famílias mais felizes e igrejas mais fortes. Seguiu-se um interessante tempo de perguntas e respostas.
O almoço foi um gostoso buffet, os farnéis foram juntos e pudemos experimentar de tudo um pouco, com direito a bis e tris. O resto do tempo foi lúdico, com brincadeiras que nos fizeram rir muito, tendo as mulheres ganho todos os jogos. Verdadeiramente, «ês ki sta mánda». Antes de abandonarmos S. Jorginho, já todos perguntavam «quando vai o ser o próximo?». Breve, muito breve!
João Gomes

(Clique no titulo para ver todas as fotosfotos)

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A Figueira está de volta

Respondendo aos insistentes pedidos de antigos leitores do Epistolaonline, eis que anuncio o seu regresso. Na estrada, para a gloria de Deus.