Afundou-se. O pior aconteceu. Ainda havia esperanças de que se poderia recuperar o nosso “Barlavento” mas devido ao rombo que levou no casco da proa, não foi possível a sua recuperação, tendo-se afundado totalmente esta tarde, 4 de Abril. Muitas pessoas assistiram o seu afundamento. Testemunhas oculares nos afiaçam que rabidantis que estavam em terra a assistir os últimos momentos de “Barlavento” choraram quando viram a proa entrando difinitivamente na água. Disseram que o nosso navio afundou-se “saquedu”.
Muitas pessoas do Fogo e da Brava criaram os seus filhos com o dinheiro ganho na rabidância, graças ao “Barlavento”. Este navio que carregou tanta uva, marmelo, feijao congo, maçã e tambarina de Fogo, quis Deus que ele ficasse no fundo do mar do Fogo, onde recebe águas de ribeiras que vêm do vulcão.
A melhor homenagem que se poderia render ao “Barlavento” seria batizar o seu sucessor (o navio que o virá substituir) com o nome de “Rabidanti”. Seria de elementar justiça que qualquer outro que o viesse substituir, se chamasse “Rabidanti”. Se assim for, seria uma justa homenagem, não só ao navio “Barlavento” e rabidantis, mas a todos nós, já que todos rabidamos, cada um à sua maneira, a vida. E é a rabidar a vida que nos despidimos do nosso “Barlavento” com um até sempre.
Obrigado “Barlavento” por nos teres carregado durante toda a tua vida.
(Fotos do afundamento serão publicadas nas próximas horas)
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