Alguns filólogos ensinaram, durante muito tempo, que a palavra latina “religio” derivou-se do verbo “religare”. Assim, muitos entenderam e ainda entendem a religião como o laço que liga o homem à divindade.
Ora, para quem conhece e se interessa pelas línguas clássicas, percebe com facilidade que tal etimologia não explica o conceito da palavra religião. “Religio”, portanto, deriva do verbo “relegere” que, de forma categórica, se opõe a “neglegere”, assim como, por exemplo, o zelo e o respeito se opõem à negligencia e à indiferença. No latim vulgar, “relegere” significava cultuar, prestar um culto, experimentar um fervor apaixonado.
Essencial à religião está, também, a idéia de respeito e “valorização” do ser humano e do seu destino. Por isso, é “crente” no sentido amplo, aquele que crê, realmente, na existência de “algo” sagrado, de coisas interditas, inacessíveis, “tabus”... sem desligar a idéia religiosa da noção de “sobrenatural”, ou seja, da idéia de que o sentido verdadeiro das coisas não reside em sua aparência cotidiana, de que existe um “além-mundo” com o qual o crente pode se comunicar. Ou seja, existe o domínio do sagrado que o crente pode atingir e que está alem da realidade empírica e profana. (clique no titulo para ler mais...)
José João Neves B. Vicente.
Filósofo, pesquisador, professor da Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba (FACER), do Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz (IFTSC) e Editor da Revista Facer.
E-mail: josebvicente@bol.com.br
Ora, para quem conhece e se interessa pelas línguas clássicas, percebe com facilidade que tal etimologia não explica o conceito da palavra religião. “Religio”, portanto, deriva do verbo “relegere” que, de forma categórica, se opõe a “neglegere”, assim como, por exemplo, o zelo e o respeito se opõem à negligencia e à indiferença. No latim vulgar, “relegere” significava cultuar, prestar um culto, experimentar um fervor apaixonado.
Essencial à religião está, também, a idéia de respeito e “valorização” do ser humano e do seu destino. Por isso, é “crente” no sentido amplo, aquele que crê, realmente, na existência de “algo” sagrado, de coisas interditas, inacessíveis, “tabus”... sem desligar a idéia religiosa da noção de “sobrenatural”, ou seja, da idéia de que o sentido verdadeiro das coisas não reside em sua aparência cotidiana, de que existe um “além-mundo” com o qual o crente pode se comunicar. Ou seja, existe o domínio do sagrado que o crente pode atingir e que está alem da realidade empírica e profana. (clique no titulo para ler mais...)
José João Neves B. Vicente.
Filósofo, pesquisador, professor da Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba (FACER), do Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz (IFTSC) e Editor da Revista Facer.
E-mail: josebvicente@bol.com.br
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