Monday, December 22, 2008

Rev. David Araújo escreve: História Curta

Charles Plumb, era piloto de um bombardeiro na guerra de Vietnã. Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil. Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita. Ao retornar aos EUA, passou a dar palestras, relatando sua odisseia e o que aprendera na prisão.
Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem: “Olá, o Senhor é Charles Plumb?” perguntou Plumb. “Eu era quem dobrava o seu pára-quedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?” Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu: “claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje”. Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se “Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse bom dia? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro.” Pensou bem nas várias vezes que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia. Agora Plumb inicia as suas palestras perguntando à sua plateia: “Quem dobrou o teu pára-quedas hoje?”
Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante.

Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: um físico, um emocional, um mental e até um espiritual.

Às vezes, nos desafios que a vida nos apresenta diariamente, perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e as pessoas que nos salvam no momento oportuno sem que lhes tenhamos pedido. Deixamos de saudar, de agradecer, de felicitar alguém, ou ainda simplesmente dizer algo amável. Hoje, esta semana, este ano, cada dia, procura dar-te conta de quem prepara teu pára-quedas, e agradece-lhe. As pessoas ao teu redor notarão esse gesto, e te retribuirão preparando teu pára-quedas com esse mesmo afecto. Todos precisamos uns dos outros, por isso, mostras-lhe tua gratidão. Às vezes as coisas mais importantes da vida dependem apenas de acções simples.

Só um telefonema, um sorriso, um agradecimento, um gosto de ti, um te amo.
Obrigado por todos os favores que sem merecer, recebi de ti e nunca te agradeci.
PS. Ao ler este presente artigo, pensei em vários irmãos que têm preparado meus pára-quedas. Nestes últimos dias, Revs. Mário Lima e Manuel Sança Gomes. Meu apreço.

Fonte: ELO/Novembro – 2008

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