Monday, August 1, 2011

É POSSÍVEL PERMANECER INSENSÍVEL?

Em sua condição natural, o homem não suporta ver o sofrimento do outro com indiferença, mesmo sendo o outro um animal de outra espécie. Ninguém é insensível ao enfrentar o face a face de uma presença.
O Filósofo Chinês Mêncio (pinyin Mèngzǐ, Wade-Giles Meng Ke, literalmente “Mestre Meng”), pseudônimo de Ji Mèngkē e seguidor do confucionismo, autor das obras traduzidas para o latim e o frances por Seraphin Couvreur (Cathasia e Les Belles Lettres) e para o inglês, por James Legge (The Chinese Classics) afirmou que qualquer um que vê uma criança quase caindo num poço é tomado por um temor violento e se precipita para salvá-la (II, A,6). Essa atitude, para Mêncio, não tem a intenção de se obter as boas graças dos pais da criança, nem para atrair os elogios dos vizinhos ou dos amigos, nem mesmo para evitar uma má reputação. Diante do sofrimento do outro, diante da infelicidade do outro, a reação é espontânea. O gesto para socorrer é incontrolável. Leia +

Por: José João Neves Barbosa Vicente
Filósofo, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Editor da GRIOT – Revista de Filosofia.

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