Friday, November 18, 2016

Noel Alves – um homem de Deus

O Rev. Noel Alves, pioneiro da obra nazarena em França, é, a todos os títulos, qual Paulo dos nossos dias, um homem de Deus.
Há 8 anos, precisamente no dia 06 de maio de 2008, este Pastor, formado em Belas Artes, fazia parte dos 106 passageiros que viajavam a bordo do navio Musteru, no trajeto Praia-Fogo-Brava.
Devido ao mau tempo, a carga fez o navio adornar, acabando por naufragar perto de Porto Mosquito, em Santiago. O Pastor Noel, para além de ter ajudado na evacuação dos passageiros, mostrou-se tranquilo e, tal como o capitão, foi um dos últimos a abandonar a embarcação.  É dele também o único registo fotográfico (ver álbum) da tragédia. Com toda a calma, e sem tremer, registou, em fotos, todos os momentos do infortúnio.
A vida deste grande homem de Deus faz-nos lembrar de Paulo. É claro que ele nunca esteve preso (será?) por causa do evangelho, mas as suas viagens ao Senegal, França e, anos depois, o retorno a sua terra natal, fazem dele um protótipo de Paulo. Em terra firme e com os seus próprios recursos, adquiriu um todo o terreno, tendas, gerador e afins para fazer exatamente aquilo que o apostolo aos gentios fazia, segundo o que está plasmado na Bíblia: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!I Coríntios 9:16
Aquando da erupção vulcânica na ilha do Fogo, que começou a 24 de novembro de 2014, um domingo, este Pastor-viajante carregou o seu veiculo de quase tudo e deslocou-se ao palco das tormentas. Chegou ainda a tempo de ajudar na evacuação dos bens das gentes de Txan. Este seu acto de amor e coragem fica registado, não só na memoria daquela senhora a beira da estrada a clamar por ajuda, (o Sr. Noel a ajudou) mas na de todos que entendem que o amor, mais do que ser pregado de um púlpito, deve, acima de tudo, ser praticado. Neste quesito, o Pastor Noel é um exemplo vivo. Um dia, quando as pessoas que ajudaram na erupção de 2014 forem homenageadas, se este homem de Deus não estiver na linha da frente, constituirá uma injustiça de lesa Pátria.
Se alguém for ao Espinho Branco e perguntar aos nossos patrícios “rebelados” se viram já o filme Jesus, a resposta será: “um homem santo veio cá no seu carro azul, com uma gaita ao peito, um motor de luz, e mostrou-nos num lençol branco pregado na parede da casa do defunto Sr Agostinho, o Jesus que fala como nós. Ele dormiu la naquela casa em uma cama de cancarã. Comeu a nossa comida e prometeu voltar. E voltou. O nome dele é um homem santo”.
Recentemente, este homem santo esteve doente e a tratar em França. Quase perdeu a voz. É a historia do tal espinho na carne de todos os Paulos de Deus. A resposta é mesma: “a minha Graça te basta”.
Ele é também um homem de oração. Todos os dias, no aconchego da sua casa, acompanhado da esposa, D. Maria, ora a favor de todos os servos dentro e fora do País.
Mais há, de muito bom, por  saber deste servo do Deus Altíssimo. O leitor destas poucas linhas poderá fazê-lo na primeira pessoa. Bastava ir, em uma tarde qualquer, ao prédio perto da Bolsa de Valores, em Achada Santo António, porta 13, ultimo piso à esquerda. Um rico lanche, oferecido simpaticamente pela D. Maria, é garantido. E o mais importante: não dará por perdido o seu tempo, muito pelo contrario. Eu fui.

Bem aventurado o homem a respeito de quem possa ser escrito o que acima se escreveu. Amem.

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Respondendo aos insistentes pedidos de antigos leitores do Epistolaonline, eis que anuncio o seu regresso. Na estrada, para a gloria de Deus.