Tuesday, November 13, 2007

Isaura, 81 anos!!


11 de Novembro de 1926 nascia a minha mãe, a quem puseram o aportuguesado nome Isaura Pereira da Silva. Depois do casamento, acrescentou Barbosa Andrade. 11 de Novembro de 2007 - completou 81 anos de vida e, segundo me dizem os irmãos que estão em Cabo Verde, ainda consegue cansar aqueles que tentam acompanhar os seus passos nos passeios na Praia.
É fácil escrever sobre a mãe, mais fácil ainda é cair no lugar comum de todas as homenagens, porque mãe é mãe. Escuso-me de a agradecer porque procuro fazer isso com as minhas acções, fruto do que Ela me ensinou e que decorrem da sua própria personalidade e forma de viver. Agradeço, sim, a Deus pela mãe que me deu.
A minha mãe marcou-me pela sua integridade e firmeza de carácter. Para ela, a verdade é só uma: "não" é não, e "sim" é sim. O pior - ou será melhor?! - é que conheci na pele essa realidade. Que o digam as minhas pernas...
A procura pela perfeição - humana, claro - sempre me impulsionou a dar um passo a mais e a fugir do lugar comum. Desde um prato bem arranjado, ainda que apenas com atum e arroz, a falar corretamente o português e a saber comportar-se em privado e em público, são exemplos de uma faceta da Isaura que está bem presente no meu dia a dia.
Outro aspecto que deixou marcas profundas na minha vida é a descrição da minha mãe, embora Ela também seja protagonista. Como esposa de pastor evangélico durante quase 40 anos de ministério por várias ilhas, Ela ouviu e vivenciou histórias de centenas ou milhares de pessoas que a procuravam para ouvir um conselho ou apenas para desabafar. Mas da boca d'Ela, não se ouvia nenhum comentário público que pudesse pôr em causa a confiança n'Ela depositada. Nem mesmo em casa a ouvimos falar, por exemplo, dos problemas que Ela e o meu pai enfrentavam, situação normal em qualquer casamento.
Vou parar de inumerar as facetas da minha mãe que deixaram marcas na minha vida, porque teria de encher milhares de página na Internet. No entanto, não posso deixar de citar a forma como Ela nos legou a fé em Deus: vivendo o Cristianismo de forma natural e real, no privado e no público, sem um discurso na rua e outra prática em casa. E sempre: confiando em Deus!


Obrigado mamá!!!
Por Alvarito Andrade www.blogdoala.blogspot.com

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