Wednesday, July 11, 2007

COLUNA DO DR. JOÃO GOMES

ESCOLHAS

Todos nós já tivemos de fazer escolhas, sendo muitas delas, difíceis! Colocados perante uma determinada bifurcação na nossa vida, qual caminho seguir? Diante de duas opções, qual delas escolher? Terminada uma etapa da nossa vida, como decidir em relação à próxima? Que parceiro ou parceira escolher para a jornada que durará, em princípio, a vida toda? Que profissão escolher, a ligada à vocação, ou aqueloutra mais lucrativa?
Efectivamente, todos nós, sem excepção, já fomos confrontados com uma miríade de alternativas e de opções, particularmente difíceis, e já estivemos perante o dilema de ter de optar apenas por uma delas. Em vários momentos das nossas vidas, depois de termos optado por uma das alternativas, perpassou em nossas mentes a dúvida acerca da opção tomada, perguntando a nós mesmos, o que teria sido ou acontecido se tivéssemos optado pela outra! Existem escolhas que, julgo eu, jamais faríamos, como a daquele homem que, tendo furtado duas lagostas vivas, resolveu escondê-las dentro das próprias calças; por outro lado, existem outras que faríamos sem hesitação, qual seja a de optar entre a vida e a morte, escolhendo, indubitavelmente, a primeira.
Muitos cristãos dão pouco valor a esta questão, pois acham que tudo está pré determinado – se uma porta se abriu, de repente, é porque devo entrar por ela; se uma peça está sendo tocada, eu devo dançar ao som dela, pois só pode ter sido escolhida por Deus; se uma pessoa olha para mim e sorri, devo correr a pedi-la em casamento, porque é um claro sinal que a escolha foi feita por Deus em meu lugar. E assim por diante! Se tomar a opção errada, ainda que ela me seja, manifestamente prejudicial, não faz mal, porque Deus perdoa tudo o que fizermos! Será? Que Deus perdoa, não temos qualquer dúvida, mas será esta a melhor atitude perante o dilema de fazer escolhas, sabendo que, a despeito do incondicional perdão de Deus, as consequências das más opções ecoarão durante anos em nossas vidas? Eu penso que não! Então, que fazer para bem escolher?
Antes de mais, é fundamental procurarmos não fazer as escolhas que os outros esperam que façamos. Se se está a tomar uma decisão mas existir a preocupação com o que os outros poderão pensar acerca dela, então, provavelmente é uma boa indicação que a decisão tomada é má. Igualmente, é de suma importância fazermo-nos a seguinte pergunta – tomar esta ou aquela decisão vai-me tornar um melhor cristão? Grande parte das decisões que temos de tomar são, moralmente, neutrais, não são boas nem más. Então, a preocupação deverá ser a de saber se elas irão contribuir para me tornar numa melhor pessoa, dentro do padrão divino.
Mas o essencial é deixarmo-nos orientar por esse extraordinário Código Deontológico e Bússola que é a Bíblia, a palavra de Deus. É claro que a Bíblia não nos dará respostas a questões concretas sobre a profissão que devemos escolher, a pessoa com quem devemos nos casar, o carro que devemos comprar, a viagem que devemos fazer, o clube que devemos apoiar (seria melhor se todos apoiassem o Sporting, perdoem-me os benfiquistas) e assim por diante. Mas o que, indubitavelmente, ela nos exorta é a fazer boas escolhas. Em Deut. 30:19 lemos: «Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência». Escolher a vida e tudo o que ela tem de bom, eis o lema! E na vida faremos boas escolhas, como o capítulo 2 do Livro de Provérbios nos ensina, «se aceitarmos as SUAS palavras», «se fizermos os nossos ouvidos atentos à Sabedoria» e «se clamarmos por conhecimento, e por inteligência alçarmos a nossa voz». Desse modo, «entenderemos o temor do SENHOR, e acharemos o conhecimento de Deus», e saberemos, então, fazer acertadas escolhas.
João Gomes
jjag38@hotmail.com

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