Wednesday, December 3, 2008

Quando a aliança conjugal é quebrada



A Lei do Divórcio completará agora em dezembro 31 anos. Antes da aprovação da Lei n° 6.515, de 26 de dezembro de 1977, só havia o desquite, que permitia a separação voluntária do casal depois de dois anos de casamento. Atualmente, até os cartórios podem realizar a separação quando há consenso entre o casal, e o processo pode levar apenas 15 dias para ser dissolvida a união. A novidade veio com a Lei 11.441/07, sancionada pelo presidente Lula. A única exigência é que o casal tenha mais de um ano separado e não possua filhos menores ou deficientes.
Três décadas depois de aprovada pelo Congresso Nacional, a opinião da sociedade brasileira quanto à separação dos casais brasileiros mudou substancialmente. Uma pesquisa encomendada pelo Datafolha revelou que 71% dos brasileiros se dizem favoráveis à dissolução do casamento. Dentre os católicos, o índice sobre para 74%. Até mesmo os evangélicos formam maioria quanto à aprovação do divórcio: são 59% entre tradicionais e pentecostais.
Caro leitor, assusta-me o fato de que cristãos evangélicos estejam relativizando substancialmente as relações conjugais. Confesso que me preocupo com as estatísticas apresentadas na pesquisa, cujos números apontam para o fato de que boa parte dos nossos irmãos tem aceitado com naturalidade a separação conjugal, não diferenciando em quase nada ao restante da sociedade brasileira.
Diante disto, não tenho a menor dúvida de que precisamos urgentemente repensar nossos comportamentos, até porque, em hipótese alguma nos é possível tomarmos a forma deste mundo, comportando-nos como indivíduos promíscuos e libertinos, jogando na “lata do lixo” alianças e compromissos conjugais. Infelizmente sei de inúmeros casos de crentes e pastores que em nome de Deus já casaram e descasaram algumas vezes, demonstrando através de atitudes como estas que a sociedade brasileira experimenta uma séria e grave crise familiar.
Pois é "cara pálida", mais do que nunca a igreja evangélica brasileira precisa rever seus conceitos e valores, até porque, se continuarmos deste jeito com certeza a vaca irá para o brejo.
Que Deus tenha misericórdia desta nação!


Renato Vargens


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