Thursday, September 27, 2007

Coluna do Rev Fernando Carvalho


Tema do mês: “Primeiro o Reino de Deus” – Mateus 6: 33

Mensagem Pastoral: A verdadeira conversão em Jesus Cristo, o Senhor – João 20: 24-29

No primeiro dia da semana, após a ressurreição o Senhor Jesus Cristo apareceu aos discípulos. Ele apostou-se firmemente em Sua ressurreição e quis pessoalmente confirmar isso aos seus discípulos estando eles fechados numa sala com medo dos Judeus. Relata-nos o evangelista “…chegou Jesus e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco (João 20: 19)”. Tomé não se achava presente nessa primeira reunião especial de Jesus com a sua igreja nascente, na tarde de sua ressurreição. Da câmara da morte, atmosfera que envolvia todos por causa dos acontecimentos no calvário, nesse domingo da ressurreição após terem visto o Senhor redivivo, os discípulos dirigiram uma palavra de entusiasmo contagiante a um membro influente ausente: Sabe irmão Tomé, “Jesus está vivo, ressuscitou como havia dito, esteve aqui connosco nessa tarde”. Tomé duvidou da palavra que ouviu de seus irmãos e exclamou: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”. Normalmente vemos essa mensagem numa só direcção, a falta de fé de Tomé, um discípulo incrédulo. Analisando com cuidado esse trecho das Escrituras Sagradas pudemos numa outra perspectiva observar a necessidade que um crente deve sentir de uma verdadeira conversão em Jesus Cristo, o Senhor.

Conversão é ter marcas da cruz de Cristo em nós (vs. 25)
Cravos, símbolo da libertação. Cravos apontam: sofrimento, dor e aflição por amor; sacrifício, oferta, entrega incondicional, crucificação, negação do eu.
Lado furado, símbolo de purificação. O lugar onde a lança traspassou o corpo do Senhor Jesus jorrou sangue. Sangue é vida. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados. São João escreveu: “O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado. Nesse sangue encontramos perdão, libertação e purificação de todos os pecados e impurezas.

Conversão é ter a presença real de Jesus (Vs. 26)
Jesus toma posse das nossas vidas quando nos convertemos. Seu Espírito Santo apodera-se de nós. É conveniente a presença de Deus pois nos oferece: paz e alegria. Os discípulos estavam tristes por causa da morte de Jesus. A gloriosa mensagem da ressurreição que trouxe de volta a vida de Jesus neles e a vinda de Seu Espírito Santo no dia de Pentecostes, garantiram vitória sobre seus fracassos, derrotas e tristezas.

Conversão é ter comunhão com Deus e com sua Igreja (Vs. 26)
Muitas vezes achamos que perder um culto num domingo não faz mal. Mas a experiência que Tomé teve com essa ausência mostra-nos o mal causado em nós quando decidimos ausentar da casa de Deus. Pode levar-nos à incredulidade. O salmista David exclamou “vale um dia no pátio da casa de Deus do que mil em outra parte”. O coração sedento deseja Deus e O busca ardentemente.
Deus quer relacionar-se connosco e quer que vivamos em comunhão uns com os outros. Conscientes da nossa conversão em Cristo, vamos ao culto para termos comunhão com Deus e com os nossos irmãos convertidos na mesma fé. Vamos ao culto é para louvar a Deus. Vamos ao culto para adorar Àquele que venceu: “Jesus Cristo o Senhor”. Somos chamados à comunhão com o Seu Filho.
Deus sempre está presente na comunhão entre Ele e o Seu povo.

Rev. Fernando Carvalho
(Pastor Nazareno em Porto Novo, Cabo Verde)

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