Volto com mais uma nota, um dia após o país ter ido às urnas. E é sobre isso que eu quero deixar algumas pinceladas. De forma geral, pelo que pude ver, tudo decorreu na normalidade como, aliás, todos esperávamos. Os nazarenos portaram-se à altura, tirando um pequeno grande detalhe. Constatei e também tive informações que em algumas das nossas congregações, alguns fieis não terão ido à Escola Dominical porque estavam ao serviço, cada um ao seu partido, transportando eleitores para as assembleias de voto. Não há nada de errado que nazarenos participem, e devem participar, nas eleições. O que não entendo é que alguns prefiram fazer boca de urna a louvar a Deus no seu santuário. Com esta atitude, esses nazarenos estão a mostrar o seu nível de comprometimento e, quiçá, da sua própria fé. A vida espiritual estéril, que caracteriza alguns crentes, desemboca nesta “teologia” de ir aos cultos apenas quando convém. Um domingo ou outro, para combater o stress, pode-se ir à praia de mar relaxar um pouco em vez de igreja. Afinal, é a fé que salva e não as vezes que vamos ou não vamos à igreja. Trago o caso de ontem, dia das eleições, mas poderia também trazer os dias em que há jogos de futebol à hora de culto. Quantas vezes, nazarenos que, inclusivo, são membros da junta local, escolhem ficar a ver futebol em vez de ir à casa de Deus? Ora, eu aprendi logo nos primeiros dias que cheguei à igreja do nazareno de Achada Santo António, com o meu primeiro pastor, Rev. Benedito Monteiro, que Deus deve ocupar sempre a primazia nas nossas vidas. Comigo também se alinharam os que se converteram na mesma data. Fomos ensinados a levar a vida espiritual a sério. Hoje, esta seriedade é bastante relativa. Onde foi parar aquela gana de estar na igreja, no culto. O verso 1 de Salmo 122 deixou de ter aquele encanto.
Oh Deus, ajuda-me a nunca trocar a tua casa com um jogo de futebol. Ajuda-me a nunca trocar-Te com partido a, b ou c. Ajuda-me a ser sempre um crente por inteiro. Amem.
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