Tenho vindo a andar pelas ruas da minha cidade, normalmente no final do dia, para apalpar o ambiente e sentir o clima, mas, infelizmente, para a minha tristeza, parece-me que quanto mais a data se aproxima, mais longe ficamos do momento que se avizinha – Natal. E assim é porque há tudo menos o que procuro, aliás, o que deveria estar no ar, sensível e palpável a todos e por todos, o motivo verdadeiro da celebração, infelizmente, repito-me, não está em lado nenhum, volto a repetir-me!
Há dias atrás ouvi na comunicação social que determinado programa iria discutir com entendidos o ‘conceito’ do Natal. Errado. Natal é o nascimento de Jesus Cristo. Ponto final. A ter de discutir, então discutamos formas de celebração natalícia, a comercialização do Natal, os figurantes todos da época com ausência total do dono da festa, os montantes que são gostos com enfeites, presentes, guloseimas, jantares, roupas, etc., enfim falemos e discutamos sobre esse emaranhado de cores outras as quais todos nós, todos dando a sua pincelada, vamos reinventando e refazendo o Natal a cada ano, nos gestos fugazes e relâmpagos de (pseudo) solidariedade, cada um dando a sua linda cara para a fotografia, algumas vezes coloridas com um sorriso largo, outras sentidas com uma lágrima teimosa no ‘canto do olho’, cientes que ‘agora, talvez, só no próximo ano’.
Este não é o Natal que procuro e pelo qual tenho vindo a circular, espreitar, perguntar, enfim, querendo, encarecidamente, saber aonde pára, em que lugar anda – o natal de Jesus. Não falo do antigo Natal, daquele dos meus tempos de criança, nem ainda daquele outro dos tempos de antanho quando as coisas eram diferentes e as pessoas eram assim e assado, não, o Natal que procuro não é o que já foi celebrado no tempo que já não se sente, mas sim aquele no qual Jesus Cristo ainda é cantado, honrado, venerado e proclamado como Senhor e Salvador. Não estou obcecado pelo Natal dos anjos e nem o dos pastores, muito menos aquele dos magos que ofertaram ouro, incenso e mirra; pelo contrário, procuro o que hoje acontece a cada momento que alguém levanta os olhos e olha para Jesus como que a dizer, “Tenha piedade de mim!” Quero celebrar tal Natal aonde ainda que sem casa nem berço, sem roupa e sem presente, contudo, Jesus continua a nascer em corações cujas portas se abrem escancaradas par a O receber. Afinal, o que procuro é simples. É o tal no qual Jesus ainda nasce.
Oh, e já agora, se acaso o encontrares, por favor, diz-me aonde está. E… Bom Natal!!!!
Por: Daniel D. R. Monteiro
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