Monday, December 24, 2007

Coluna do Pr. Oziel Morais



A Tradição Americana

A igreja de Cabo Verde por mais de um século da sua história, tem seguido quase o mesmo ritual, uma igreja típica americana. pouca coisa mudou de há cem anos atrás, nossas celebrações, têm mantido quase sempre a mesma imagem. Por exemplo, os cultos sempre começam da mesma maneira, têm um progresso igual e termina da mesma maneira. Dois coros, Uma oração rápida, Mais uns coros e Hinos ,Anúncios,Mais um coro, Mensagem (muitas vezes sem apelo) e Oração final.Depois cada um vai para sua casa. É claro que nem todos fazem assim. Mas essa regra tem mantido inquebrável, pois assim aprendemos e assim fazemos. Há pouca inovação, novidade, criatividade e acima de tudo coisa "terra terra". O que eu disse anteriormente na igreja precisa ter decência e ordem, mas isso não isenta a inovação necessária em pleno século XXI. Os cultos acontecem sempre á mesma hora independentemente da disponibilidade, segurança e vontade dos crentes. Os ministérios são os mesmos, não há diversidade de ministérios e lideres designados. As actividades são normalmente cerimoniais, e não condizem na maioria das vezes com a motivação e a ansiedade dos que vêm de fora ou dos que espelham em outras igrejas ou meios. Estas condições fazem com que os crentes muitas vezes assumem duas identidades, por viver em dois mundos bem diferentes: Um quando entra na igreja e outro quando está fora dela. Porque o mundo fora é um mundo mais movimentado, tecnologicamente avançado, ajustando cada vez mais às necessidades dos diversos níveis etários e sociais. Tudo isto não representa uma crítica, nem a opinião de que a nossa igreja está mal ou que não atrai o mundo. Mas um alerta para a nossa igreja que está inserida num mundo em constante evolução, e nós precisamos acompanhar isso. Isso não quer dizer que devemos mundanizar a igreja, longe disso, mas precisamos modernizar e adaptarmos à nossa realidade actual e cultural. Precisamos estabelecer novos métodos e alcançar novas metas, mas para isso é necessário investirmos, e de que maneira, em novos ministérios, tecnologias e abrir a nossa mente para a nova era, que é investir hoje para ter frutos amanhã. Nem todas as igrejas e nem todos os pastores têm usado a mesma forma de culto de há cem anos, usando as mesmas técnicas, os mesmos ministérios. Muitos têm inovado e são esses que temos reparado o maior crescimento. Por quê? Por pensaram primeiro nos resultados do que no custo do investimento. O que hoje não é difícil de conseguir com todas as facilidades que se tem. Investir em inovações como patrimônio, empreendimentos, bom som, bom ambiente tanto físico como social na igreja, ministérios diversificados como louvor, coreografia, intercessão, compaixão, prisão e hospitais, casais, jovens, senhoras e homens, crianças, adolescentes (que precisam de um cuidado especial nessa época onde começam a sofrer mudanças físicas, emocionais e também de assimilação de valores morais básicos, e também de poder libertar toda a energia acumulada, sem dúvida, precisamos criar esse ministério dentro da igreja e separá-los da juventude que é uma classe em busca de maturidade e escolhas decisivas.) E esse ministério não se resume só em louvor, oração e leitura da palavra, mas em tempo também de lazer, aconselhamento mutuo, troca de experiências familiar, profissional e espiritual. Temos que fazer tudo isso e muito mais para que o povo de Deus sinta como um povo alegre, realizado e com uma identidade só, de sentir a presença de Deus em tudo e em todo o lugar e não só na igreja ou durante o tempo de culto. O que não devemos é perder a nossa identidade como povo de santidade. Mas fazer de tudo para que na igreja do Senhor e na comunhão dos santos todos possam encontrar o que necessitam para sua realização, felicidade e salvação. Continua...

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A Figueira está de volta

Respondendo aos insistentes pedidos de antigos leitores do Epistolaonline, eis que anuncio o seu regresso. Na estrada, para a gloria de Deus.