Evangélico é preso por distribuir citações da Bíblia condenando o homossexualismo
Foi preso sem jamais ter se conduzido de modo violento ou agressivo
Gudrun Schultz
GALES, Reino Unido, 7 de setembro de 2006 (LifeSiteNews.com) — Um conhecido líder evangélico, preso por distribuir folhetos num festival homossexual do carnaval Mardi Gras, foi acusado unicamente na base de que os folhetos apresentavam opiniões que se opõem ao homossexualismo, noticiou ontem o jornal Daily Mail.
Stephen Green, de 55 anos, diretor nacional da organização evangélica Christian Voice (Voz Cristã), foi preso por entregar folhetos intitulados “Amor do Mesmo Sexo — Relação Sexual do Mesmo Sexo: O que a Bíblia Diz?” para os que estavam saindo do festival homossexual no Parque Bute.
Green foi acusado de “conduta ou palavras ameaçadoras, abusivas ou ofensivas”, noticiou o noticiário da BBC.
A polícia de Gales admitiu que o Sr. Green foi preso porque os folhetos continham citações da Bíblia condenando a atividade homossexual. Um porta-voz da polícia confirmou que o líder evangélico não havia se conduzido de maneira violenta ou agressiva, de acordo com o Daily Mail, mas disse que o Sr. Green foi preso pela Unidade de Apoio às Minorias de Gales porque “o folheto continha citações da Bíblia acerca do homossexualismo”.
“Estou pasmado que a polícia de Gales tenha uma unidade especial dedicada a silenciar aqueles que não concordam com o homossexualismo”, o Sr. Green contou ao Daily Mail.
Ele questionou as ligações estreitas entre a polícia e os grupos homossexuais, dizendo: “Talvez eles estejam trabalhando perto demais, daí um evangelista pode se tornar vítima simplesmente porque está distribuindo folhetos que citam versículos da mesma Bíblia que as autoridades policiais usam para fazer juramentos nos tribunais”.
A polícia solicitou ao Sr. Green que deixasse a área do festival depois de receber “queixas do público”, e ele atendeu à solicitação. Então ele começou a distribuir folhetos fora da entrada da área, se recusando a parar quando a polícia de novo se aproximou. Depois de sua prisão ele foi interrogado durante quatro horas numa delegacia de polícia, e foi acusado de cometer crime, depois de recusar um aviso [para não repetir a distribuição de folhetos]. O Sr. Green não tem nenhum antecedente de violência ou agressividade em seu histórico de manifestações contra o homossexualismo.
Representantes dos evangélicos da Igreja da Inglaterra condenaram a prisão como “um ataque contra a liberdade de expressão e contra a liberdade religiosa”. O Reverendo Rod Thomas, porta-voz da organização Reforma (que representa 500 pastores da Igreja da Inglaterra), disse: “Por que é que os direitos gays são considerados como mais importantes do que a liberdade de expressão eu não sei. Há um perigo real de que aqueles que têm tentado apoiar os direitos gays por motivos liberais poderão se achar responsáveis por reprimir liberdades vitais”.
Colin Hart, do Instituto Cristão, assinalou que o folheto evitava o uso das citações bíblicas mais fortes que se opõem ao homossexualismo, dizendo: “É um folheto muito gentil. Não usa palavras como ‘perversão’. Tenho de ficar imaginando se as igrejas, bispos e arcebispos são agora vulneráveis à prisão por suas opiniões sobre a homossexualidade”.
A polícia britânica conduziu uma série de iniciativas nos meses passados contra aqueles que manifestaram ser opostos à atividade homossexual, noticiou o Daily Mail, inclusive avisos, visitas a lares e investigações. Sir Iqbal Sacranie foi investigado depois de uma entrevista em que ele disse que o homossexualismo era prejudicial. A escritora Lynette Burrows recebeu um aviso policial depois de dizer num programa de rádio da BBC que os homossexuais não preenchem os requisitos de pais adotivos ideais.
Depois que se queixou acerca das políticas de direitos homossexuais da câmara de vereadores de sua localidade, um casal evangélico recebeu em seu lar a visita de agentes da polícia, que lhes entregaram aviso.
O Sr. Green permanecerá preso aguardando julgamento até 28 de Setembro.
(importado)
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