A tradição religiosa levada pelo Império Português às então colónias deixou-nos como legado um significado totalmente desvirtuado do que foi e do que deve ser a chamada Semana Santa e, consequentemente, a Páscoa. Por imposição da religião-Estado, a Semana Santa é um marco que acarreta um conjunto de tradições (comer peixe e não carne, vestir-se de preto, não falar alto, não fazer sexo, etc. ) e sentimentos outros que não têm nem base histórica, nem, muito menos, sustentabilidade bíblica.A efeméride “Semana Santa” é um relembrar do percurso que Jesus Cristo fez desde a sua última entrada em Jerusalém até à sua morte e, o que é mais importante, a sua ressureição. Este é o fato maior e, sem o qual não haveria nenhuma comemoração. Se Jesus não tivesse ressuscitado, para quê serviria a comemoração, carregada de tradições? Ao contrário, a religião tradicional preferiu realçar a tarde negra em que Jesus foi crucificado, em vez de se enfacar no momento único da história do mundo: a ressurreição de Cristo. Esta é a razão da Samana Santa e de por quê o mundo deve, de
facto, parar e refletir sobre ela.
Cabe aqui uma pergunta: caso Cristo não ressuscitasse, a sua estada na terra dividiria a história em antes e depois d’Ele? Não seria ele mais um profeta, humano, como tantos outros que terminaram a sua excelente missão com a morte?A Semana Santa é ocasião para nos alegrarmos pelo sacrificio que Jesus fez pela humanidade. A ressurreição, facto que a Ciência continua afanosamente buscando desmentir, é a razão dessa semana e ela significa a vitória da morte sobre a vida. Com a ressurreição de Cristo, a vida ganhou outro sentido, que o próprio Jesus disse numa das suas muitas intervenções: “Vim para que tenham vida (numa clara referência à eternidade) e vida em abundância (ou seja: vivam felizes aqui na terra porque depois da morte há outra vida)”.
Sejamos apenas gratos e não sacrificados!
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