Saturday, June 21, 2008

Casamento de Ana e Manuel

Foi há 28 anos atrás. Tudo começou 11 meses antes do casamento quando o par começou a caminhada que hoje completa 28 anos. Ana e Manuel namoraram 11 meses. A passagem de Primavera para Verão, dia 21 de Junho de 1980, ficou marcada no calendário dos Barros.
O casamento dos nossos irmãos Barros (Ana e Manuel), segundo testemunhas oculares, contactadas por nós, foi em tudo lindo e inspirador. Dois jovens fiéis ao Senhor se unindo em casamento.
O Rev. António Marcelino Barbosa Vasconcelos, pastor da Praia, não esteve na cerimónia por estar ausente nos EUA a participar na Assembleia Geral. Por este motivo, foi chamado o Rev Manuel Ramos, na altura pastor em Picos, amigo do casal, para presidir o matrimónio.
A cerimónia que estava marcada para as 16:30, só veio sair 2 horas depois, ao cair da noite, isto é, às 18:30, devido ao facto da madrinha da noiva, D. Margarida Barbosa, ter tido uma inesperada indisposição. O Manuel ficou especado 2 horas na plataforma à espera da noiva que não chegava e ninguém sabia a razão do atraso. Na época, ainda não havia telemóvel. Mais tarde, ficou-se a saber que a Ana que devia comparecer às 16:30, estava aguardando a chegada da madrinha para a vestir, como manda a tradição. Segundo desabafo do irmão, Rev. Manuel Barros, 28 anos depois e a sorrir, confessa:”A espera de 2 horas valeu a pena. Esperaria horas, dias, meses ou até anos, se necessário fosse. Eu a amo perdidamente e quando se ama, espera-se. Ela é uma excelente companheira. Valeu a pena”.
Às 18:30, Félix Piedade arrancou no teclado a música do cortejo nupcial, anunciando assim o início da cerimónia.
De seguida, apareceram as duas irmãs Lima (Eunice e Ester) empunhando velas a caminho da plataforma.
A assistência registou mudança no semblante do noivo que parecia dizer: até que enfim!!!
A cerimónia terá demorado sensivelmente 1 hora. Para além do beijo, da troca de votos e de alianças, um dos momentos altos dessa cerimónia terá sido a afirmação profética, proferida pelo Rev. Ramos que, com a Bíblia aberta, declarou: “Porquanto este homem e esta mulher consentiram ambos no santo matrimónio e o testificaram na presença de Deus e desta congregação, e o confirmaram pela união das mãos, eu os declaro marido e mulher, casados em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Aqueles que Deus ajuntou ninguém os separe. Amem!”
Depois desta declaração, Manuel beijou a Ana na boca, demoradamente, debaixo de muitos aplausos e críticas dos mais conservadores.
As buzinas já estavam abertas mesmo antes do casal deixar a porta da igreja onde ficaram a receber as felicitações por algum tempo.
O copo de água preparada em casa de uma das irmãs de carne do Manuel, em Achada Santo António, estava prestes a ser servido. Ouviam-se apitos na avenida principal com muitas senhoras com pires de arroz a lançar à passagem do carro da noiva cumprindo a tradição. Manuel e Ana, felizes da vida, com as mãos de fora, acenavam para toda a gente. Ana chorava cada vez que, durante o cortejo de viaturas, ouvia vozes desconhecidas a gritar: “Noiva sta bonita, é bonita propi”.
O copo de água, que de copo de água não tinha nada, começou. Festa, mas que festa! Houve festa bedju que para o “sai-de-noivo” (um tipo de São Braz) não foi necessário preparar mais nada, de tanto que foi a fartura do cardápio.
28 Anos se passaram. Os que conhecem o casal afirmam, sem receios de errar, que é um exemplo a seguir.
Deus abençoe o casal Barros.
Este é mais um capítulo da nossa rica história.

(Querendo alguém felicitar o casal, eis o contacto: 9929851)

Observação: Brevemente, publicaremos as muitas fotos deste casamento

No comments:

A Figueira está de volta

Respondendo aos insistentes pedidos de antigos leitores do Epistolaonline, eis que anuncio o seu regresso. Na estrada, para a gloria de Deus.