Friday, June 6, 2008

HOMEM E MUNDO: CARÊNCIA DE SIGNIFICAÇÃO


José João Neves B. Vicente – josebvicente@bol.com.br

Uma angústia invade o homem quando resolve pensar que o “nada” foi e ainda é tão possível quanto “algo”; quando ele pergunta por que existe algo, ao invés de não existir nada? Ou quando ele pensa que “nada” e “ninguém” poderiam nunca ter vindo à existência ou que tudo e todos poderiam deixar de existir num instante.
Ora, a predisposição característica do homem para sentir essa angústia, está em parte, no enorme legado da crença judaico-cristã tradicional da criação ex nihilo e da doutrina escatológica cristã do Juízo Final. Entretanto, se o mundo foi criado ex nihilo por Deus, como sustentam a doutrina cristã e os cristãos, obviamente ele não é eterno. E, o que é fundamental, ele não é necessário. Não é possível construir um argumento provando que ele deveria existir, mesmo por um período limitado. É neste particular, que doutrina cristã medieval, veemente pregou o ato da criação como um mistério que deve ser aceito com base exclusivamente na fé. Uma vez que Deus é um ser perfeito a que nada falta, por que se daria ao trabalho de criar um mundo? De fato, desde que ele é imutável e que o ato da criação, pelo menos enquanto compreendido por uma mente finita, implica de maneira ou de outra o movimento, é absolutamente impossível compreender tal ato. (clique no titulo para ler mais...)

Filósofo, pesquisador, professor da Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba(FACER), do Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz (IFTSC) e editor da Revista Facer.

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