Thursday, June 19, 2008

Não li e não gostei

“Não li e não gostei” é, talvez, o argumento mais usado por aqueles que se debruçam sobre a tentativa de desmoralizar as Escrituras. Aliás, é possível falar “com autoridade” sobre as obras que não lemos. E, nessa empreitada, há um novo aliado na praça. Trata-se do lançamento "Como Falar dos Livros Que Não Lemos" de Pierre Bayard, publicado pela Editora Objetiva. Para Bayard, os livros podem ser classificados assim: os que não lemos, os que folheamos, aqueles dos quais ouvimos falar e os esquecidos. Acabo de incluir Bayard na minha lista dos “que folheamos”. Os leitores cristãos, no entanto, muitas vezes são como aquele adolescente que, ao ser apresentado a um suculento prato de brócolis, abre um sorriso e diz-se amigo daquela crucífera, mas prefere não tocá-la. Ao ser indagado por que não come se disse que gosta, a resposta é não menos lacônica: “Gosto, mas não a ponto de comer”. A Bíblia se presta a todo tipo de “blefador”, embora eu não conheça um “manual do blefador” para o “leitor” da Bíblia não passar vergonha. Mas, ainda assim, como diria Pierre Bayard, tanto se falou da Bíblia que, para esse “leitor”, tanto faz lê-la ou não. E, como diria Judas, é de praxe para o blefador falar mal do que não entende (Jd 1.10). Com lançamento agendado para julho, Por Que Confiar na Bíblia? — respostas para dez perguntas difíceis, começa com uma provocação: “Sinceramente, você acredita em tudo que está escrito na Bíblia”? Esta, entre outras, são algumas das questões escondidas no proverbial “não li e não gostei”. A autora, Amy Orr-Ewing — na opinião do teólogo e professor de Oxford Alister McGrath, “uma das melhores comunicadoras desta geração” —, sabe do que está falando. Amy aponta não apenas as respostas, mas cada uma das perguntas mais freqüentes levantadas contra as Escrituras. No prelo.

• Marcos Bontempo,

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