No limiar de 1962,
Dá-nos, Senhor,
O sentido da Urgência.
A noite dos acontecimentos vem caindo brutal, cruel, insustentável, célere – envolvendo a humanidade nos sudários de um fim iminente. Por isso, uma vontade indomável se ergue em nós de querer parar-lhe a corrida.
Assim, Senhor, dá-nos a urgência de IR, a urgência de BUSCAR, a urgência de GANHAR: de ir ao encontro do inimigo invisível; de buscar, tanto a sorrir como a chorar, as almas acorrentadas nas masmorras do pecado; de ganhar, mesmo dando a nós mesmos, os transviados da fé.
Liberta-nos, Senhor, das teias preocupantes que nos embaraçam no deserto dos deveres quotidianos.
Conserva-nos a auto-confiança, mas faze-nos partir para alem da fronteira da Rotina e nós mesmos, em busca afanosa de novos horizontes, novas paragens, novas plagas de pródigos transviados.
Dá-nos, Senhor, uma fé agigantada, poderosa, forte, que ultrapasse as nossas capacidades humanas. Livra-nos da estagnação espiritual, do amor-próprio, da auto-satisfação. Dá-nos a visão de que, se muito se conseguiu, muitíssimo está por se conseguir; se tanto foi arrecadado nos celeiros celestiais, tantíssimo jaz na Seara por arrecadar. Palpitações sobrenaturais anunciam que a noite, cega e vertiginosamente, cai sobre o Universo das Oportunidades...
Dá-nos novo avivamento, novo sentido de urgência espiritual. Capacita-nos com asas de condor para sobrevoarmos as vertiginosas montanhas das hostilidades, asas de coragem para nos elevarmos muito acima das cruéis tempestades que nos afectam, asas invisíveis para nos transportarmos acima de nós mesmos.
Obstrui-nos os ouvidos com a cera da Prudência, de modo a não escutarmos as apreciações deselegantes dos suspeitados, os uivos inconvenientes dos detractores, as imprecações dos inimigos; e desenvolve em nós o espírito de equidade, compreensão e Amor-Fraterno.
A noite vem, com imponderáveis cataclismos.
Irmão amigo, dá-me a tua mão e lancemos na Seara a Semente da Vida, antes que a Morte tenha a melhor parte.
Rev. Gilberto Évora
“In Epístola, pág. 18 e 19, Vol. 6, Nº 1, Janeiro/1962”
Dá-nos, Senhor,
O sentido da Urgência.
A noite dos acontecimentos vem caindo brutal, cruel, insustentável, célere – envolvendo a humanidade nos sudários de um fim iminente. Por isso, uma vontade indomável se ergue em nós de querer parar-lhe a corrida.
Assim, Senhor, dá-nos a urgência de IR, a urgência de BUSCAR, a urgência de GANHAR: de ir ao encontro do inimigo invisível; de buscar, tanto a sorrir como a chorar, as almas acorrentadas nas masmorras do pecado; de ganhar, mesmo dando a nós mesmos, os transviados da fé.
Liberta-nos, Senhor, das teias preocupantes que nos embaraçam no deserto dos deveres quotidianos.
Conserva-nos a auto-confiança, mas faze-nos partir para alem da fronteira da Rotina e nós mesmos, em busca afanosa de novos horizontes, novas paragens, novas plagas de pródigos transviados.
Dá-nos, Senhor, uma fé agigantada, poderosa, forte, que ultrapasse as nossas capacidades humanas. Livra-nos da estagnação espiritual, do amor-próprio, da auto-satisfação. Dá-nos a visão de que, se muito se conseguiu, muitíssimo está por se conseguir; se tanto foi arrecadado nos celeiros celestiais, tantíssimo jaz na Seara por arrecadar. Palpitações sobrenaturais anunciam que a noite, cega e vertiginosamente, cai sobre o Universo das Oportunidades...
Dá-nos novo avivamento, novo sentido de urgência espiritual. Capacita-nos com asas de condor para sobrevoarmos as vertiginosas montanhas das hostilidades, asas de coragem para nos elevarmos muito acima das cruéis tempestades que nos afectam, asas invisíveis para nos transportarmos acima de nós mesmos.
Obstrui-nos os ouvidos com a cera da Prudência, de modo a não escutarmos as apreciações deselegantes dos suspeitados, os uivos inconvenientes dos detractores, as imprecações dos inimigos; e desenvolve em nós o espírito de equidade, compreensão e Amor-Fraterno.
A noite vem, com imponderáveis cataclismos.
Irmão amigo, dá-me a tua mão e lancemos na Seara a Semente da Vida, antes que a Morte tenha a melhor parte.
Rev. Gilberto Évora
“In Epístola, pág. 18 e 19, Vol. 6, Nº 1, Janeiro/1962”
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