Tuesday, September 8, 2009

Depois da tempestade, a bonança



Depois do grande susto de ontem, dia 7, com credo na boca, resultante do anúncio da Meteorologia de que estava iminente um dia de tempestade, hoje o dia está um pouco ensolarado. Tudo passou e agora temos bonança. Deus ouviu as nossas preces. A ilha Brava, segundo a Rádio de Cabo Verde, passou uma noite com forte ventania e chuva, mas sem fazer estragos. Em Assomada, o nevoeiro tomou conta da cidade.

Praia esteve calmo, nem se quer foi sentido o assobio daquele vento que todos temíamos. Tudo bem. Mas isto não significa que as casas nas encostas e ribeiras podem continuar como se já vai não chover. Medidas têm que ser tomadas antes que o pior aconteça. Não é aceitável que alguns aproveitadores estejam a fazer e a desfazer em algumas zonas ditas clandestinas, sem que ninguém apareça para pôr um ponto final nesses desmandos. Para além de construções mal feitas, a electricidade é passada de casa em casa, nesses últimos dias descobriu-se ligação de água clandestina e, para piorar a situação, das poucas vezes que o poder publico aparece é para pedir o voto desses pobres armados em espertos.

A Electra, como bem disse um alto dirigente deste País, é um cancro incurável. Para quem circula regularmente nesses sítios, difícil não é encontrar um cabo qualquer no chão com energia de alta tensão, pronto a electrocutar um inocente. Quando a situação é denunciada, o que a Electra faz? Nada! Só desculpas e mais desculpas. Quando tiver caído alguma gota de água do céu, é só ver. Faíscas por todo o lado. Quem aparece? Ninguém! Como para o bom entendedor, a meia palavra não está a servir, chamamos os bois pelos nomes. Isto se chama desgoverno. Enquanto os Doutores destas ilhas afortunadas se desdobram em seminários disto e daquilo, conferências e mais conferencias, mesas redondas e arredondadas, a D. Zita continua dentro do seu funco a ver se do céu cai alguma coisa. Esta terra não é de alguns como infelizmente parece que está a ser. Ela é de todos nós. Cada criston tem direito a se gota d´água. Nós terra é pa nós povo.

O que vai ser feito? Já sabemos e podemos já dizer: NADA!


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