Thursday, January 1, 2009

Cumes para 1962

“No primeiro dia do mês apareceram os cumes dos montes”

Este versículo tem uma aplicação especial para primeiro dia de um ano novo. O “décimo mês”, aqui, corresponde ao nosso Janeiro, e, portanto, o “primeiro dia”, é o nosso dia um de Janeiro. Que descoberta alegre – “a dos cumes dos montes” emergidos das aguas do dilúvio, naquele primeiro dia! Então, os montes falaram. Falaram que o dilúvio diminuía; que Deus não se esqueceu da sua promessa! Mas aqueles montes também nos falam no primeiro dia deste ano.
Que nos proporcionarão estes 366 dias, no tocante a alegrias e tristezas, a realizações ou frustrações, a saúde ou doenças, ao bem ou ao mal? Não podemos antever os vales escuros, as planícies verdejantes ou as vistas surpreendentes que os meses vindouros hão de nos revelar. Mas, verdadeiramente somos de Cristo, não andamos nunca na escuridão completa. Dos desconhecidos e nebulosas manhãs certas grandes verdades se apresentam à vista:
Primeiro, os cumes dos montes das Promessas Divinas resseguradas – as “grandíssimas e preciosas promessas” (II Pedro 1:4), certificando-nos da divina presença, protecção e provisão através dos dias vindouros. Oh, quão belos são os cumes banhados na luz esplendente!
Há também, os cumes das Possibilidades Espirituais. “A todos quantos O receberam deu-lhes (Jesus) o poder de serem” (João 1:12). “Tu és... Tu serás...” (João 1:42).
Tiremos das nossas mentes o encanto sentimental de “o que podia ter sido feito” e digamos de novo: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fil. 4:13).
Alem destes, divisam-se os cumes dos novos Privilégios Cristãos: da Comunhão “com o Pai e com o seu Filho” (I João 1:3); de Alegria celestial, Paz e Direcção, dadas pelo Espírito Santo, e muitos mais!
Há os cumes das Oportunidades que nos desafiam. Como brilham já nesta alva do ano novo! Esquece-te das falhas do passado, a não ser para aprenderes delas que deves confiar mais em Jesus e menos em ti mesmo.
E, dominando todos estes, ergue-se ainda aquele cume coroado de glória – a Esperança da Vinda de Nosso Senhor. Quanto mais escuro se fizer o tempo tanto mais resplandecente se mostrará, dourando todos os amanhãs com a sua bela garantia de felicidade final!
Mas notemos: (1) Os cumes dos montes foram vistos da arca, que tipifica o nosso Salvador. Nenhum cume, assim radiante, saudará aqueles que não estejam n´Ele. (2) Foram vistos de Ararat, que tipifica a “Terra Santa”. Sem uma consagração verdadeira apenas pode haver uma visão imprecisa das verdades. (3) Foram vistos “do cume” de outra montanha. Temos de estar vivendo a uma altitude. Alguns vivem no “porão da arca”, no crepúsculo da fé, jamais sentindo uma verdadeira certeza. Deitados no porão do barco, ouvem o bater das ondas contra o casco do navio e, nervosamente, perguntam se este poderá resistir, se a salvação durará. Mas esta é uma incerteza que sufoca toda a alegria.
Crente amigo, ao entrares no Novo Ano, sobe para os andares superiores da arca e destes lugares superiores contempla o futuro com a “segurança da Fé”.

Por, Clifford Gay

“In Epistola, Vol 6, Nº 1, pág. 1 e 2, Janeiro/1962”

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