Tuesday, March 23, 2010

Rute, a moabita em foco no dia da mulher Caboverdiana



Pensando num exemplo mulherio, vivo e real, que gostaria de compartilhar com as minhas companheiras, mulheres, nesse dia 27 de Março, dia da Mulher Caboverdiana, veio-me à mente o nome esboçado na figura da moabita Rute, mulher que se tornou uma das minhas admiradoras e modelo, desde que conheci a sua linda e emocionante história. Jovem pagã, que depois de ter conhecido o Deus verdadeiro, se tornou numa grande mulher, mais tarde bisavó do grande rei David de cuja linhagem veio Jesus o Salvador do Mundo.
   Sem a conhecer fisicamente, vejo-a na tela do meu pensamento, devido a sua grande virtude exteriorizada em vários aspectos da sua vida, que me tem incentivado sempre que penso nela.
   Essa virtude é o domínio próprio ou auto controle, temperança, moderação…nas decisões que teria de tomar. Não vou relatar a história dessa mulher para não tornar o artigo extenso, porque sei que ela é bem conhecida das mulheres que lêem e meditem na Palavra de Deus.
    Dos 66 livros que compõem a Bíblia, há um, cujo nome é Rute, que relata a história dessa mulher. É a única mulher estrangeira que titulou um dos livros da Bíblia, visto todos os outros girarem à volta do povo israelita. Daí, ela ter sido uma mulher importante e especial.
   O seu auto controle dava-lhe uma força interior tal, para moderar os seus impulsos, gerir os seus desejos, atitudes, paixões, decisões…
   Muitas mulheres acham que não é possível ter domínio próprio em certas áreas da nossa vida. Mas Paulo, em 1ª de Coríntios 6:12, dá-nos a resposta dessa possibilidade. “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido mas eu não deixarei que nada me domine.”
   Podemos ser moderados em tudo, aplicando essas palavras de Paulo: no apetite físico, mental e espiritual. No uso do nosso tempo, na forma de vestir e falar, nas brincadeiras, nas diversões, na ira, nas criticas…nos hábitos alimentares, atitudes, lazer… em tudo há que haver moderação ou equilíbrio. A vida de Rute, desde que saiu de Moabe com a sogra, até se estabilizarem em Belém, depois de muitas provas vividas juntas, foi muito equilibrada, de auto controle em qualquer situação que lhe surgia.
   Estou ouvindo algumas das nossas mulheres – histórias do passado. Timóteo, na sua 2ª epistola 1:7, mostra-nos a actualidade desse equilíbrio em qualquer uma de nós, desde que aceitemos esta excelente dádiva de Deus. Diz ele:“Deus nos deu um espírito de moderação ou equilíbrio!” É só aceitar; porque depois desta aceitação é que faremos escolhas certas, controlamos os pensamentos, os impulsos…
   E mais! Auto domínio é também controle do nosso tempo com sabedoria: não o desperdicemos, usando-o demais, por exemplo, no telefone, na televisão, falando e vendo coisas menos importantes.
   Paulo em Filipenses 4:11 deixou-nos uma palavra companheira das outras atrás mencionadas “Aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância”. Infelizmente, muitas vezes temos mostrado descontentes, censurando, queixando-se, resmungando e se inquietando, por tudo e por nada. Apliquemos o conselho e testemunho de Paulo às nossas vidas e seremos equilibradas, contentes com pouco ou com muito, cheias ou vazias. Auto controle também é não desperdiçar o nosso dinheiro – é saber fazer o bom uso dele.
   Auto controle ou domínio próprio é também controle da nossa língua.
   Quem pode domar a língua? Ela acende uma grande fogueira. Não falemos tudo o que nos vem à mente. Aprendamos a nos calar quando é necessário. E lembremos sempre que a resposta calma desvia a fúria, porém, a palavra ríspida desperta a ira. As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos como nos alerta o grande sábio e pregador Salomão.
   Gosto muito da promessa que se encontra no livro de Salmos 90:10,15 de que “Deus fará prosperar o trabalho de nossas mãos e o confirmará”. Mas para isso há que aceitarmos a dádiva do espírito de equilíbrio ou domínio próprio ou auto controle que Deus nos oferece.
   Rute, quando decidiu acompanhar Noemi, não imaginava as vitórias que alcançaria. Eram tão somente duas viúvas solitárias sem qualquer recurso (uma nora. outra sogra) caminhando uma ao lado da outra… Mas Rute, estrangeira, pagã, aceitou a dádiva excelente do Deus de Noemi – o auto controle.
    Queridas: Crescer em auto controle, é crescer em Cristo pela ajuda do seu Espírito a cada dia. É viver uma vida cristã e prática.
     Minha oração queridas leitoras, é que sejamos mulheres de domínio próprio/auto controle/moderação/equilíbrio/, em cada faceta da nossa vida e que sejamos uma bênção para as mulheres da nossa comunidade. 
   Feliz dia da Mulher Caboverdiana. 
  
 Milú  Leite 
 

1 comment:

Sandra Ferreira said...

Boa exortaçao. tenho certeza que se todas as mulheres seguirem essas regras teremos mulheres fortes que ajudarao os filhos a ter uma fe solida e logo teremos familias fortes que servem ao Senhor com um coraçao sincero.
bom trabalho!!!

A Figueira está de volta

Respondendo aos insistentes pedidos de antigos leitores do Epistolaonline, eis que anuncio o seu regresso. Na estrada, para a gloria de Deus.