O soco no queixo que derrubou Tereza, 33 anos, sobre os armários da sala, também jogou-a nas estatísticas que contabilizam uma mulher agredida no Brasil a cada quinze segundos. Tereza não sabe disso, nem se importou em contar quanto tempo durou a primeira surra. A única coisa que lhe vinha á cabeça era um arrependimento uma frustração. Casada com Pedro e natural do Rio de Janeiro, ela havia se mudado para São Paulo acompanhado do marido, que buscava uma oportunidade de emprego na área de enfermagem. Evangélicos, freqüentadores de uma grande igreja pentecostal na zona leste da capital, ela achava que tudo iria se ajeitar. Foi quando viu seu marido conversando com uma desconhecida, que se sentava bem á vontade no capô do carro do casal. "Fui perguntar quem era e, como resposta recebi um soco", relembra. Além da agressão, ela foi trancada em casa e proibida de sair.
Era o início de um ciclo de violência de todos os tipos: físicas, psíquicas, morais e sexuais. Tereza teve forte depressão. “Não entendia porque isso estava acontecendo. Não tinha vontade de fazer mais nada”.
Já na igreja, tudo parecia ir muito bem. Atuante, Pedro é um dizimista fiel, serve a santa ceia, lidera o grupo de missões, participa dos encontros de coordenadores e é bem visto pela liderança. Mas em casa se transforma: humilha e agride a esposa. "Ele me obriga a praticar sexo oral e anal". Sei que isso não agrada a Deus. Não sei o que fazer. Se não faço, ele me ameaça", conta em meio às lágrimas.Tanto o nome dela quanto o dele, assim como das demais vítimas que contam suas histórias nessa reportagem são fictícios. Uma exigência da justiça. Porém, suas histórias são dolorosamente verídicas.
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Fonte: www.casadeisabel.org.br
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