Wednesday, March 4, 2009

Deus não abençoa pastores preguiçosos


Ouvir alguns dos nossos pastores pregando é um verdadeiro desafio. Senão bastasse o constante atentado ao vernáculo, suas mensagens estão repletas de expressões de chavões. É comum em meio às pregações ouvirmos: “Este varão é canela de fogo. Aquela irmãzinha que caiu no rétété. Deus desenrolou o mistério pro vaso? Eita manto, né? Não dá mole não que o chicote queima irmão! Ah! graças a Deus que eu conquistei a minha rebeca! Sim, porque jovem solteiro é treva, irmão! Tá amarrado! A abençoada é uma jovem crente! Consegui fugir dessa Jezabel que era laço! Julgo desigual não vale! É benção. Misericórdia! Oh glória! Somos cabeça, não cauda. Determine a benção! Quando eu era do mundo... Queima! Geração apostólica. Amém ou não amém?"

Pois é, em pregações deste tipo, se gasta muito mais tempo usando os jargões evangélicos do que se proclamando a Palavra de Deus. Na verdade, boa parte dos pastores demonstram ao longo da aplicação da mensagem um completo despreparo teológico, optando assim escancaradamente pelo uso invariável de chavões.

Isto posto, é impossível não nos lembrarmos de homens como o Dr. Martin Lloyd-Jones. Nos cultos que pregava, centenas de pessoas eram atraídas pela pregação expositiva da Palavra de Deus. O doutor, como era chamado, levava muitos meses, até mesmo anos, a expor um capítulo da Bíblia, versículo por versículo. Os seus sermões muitas vezes duravam entre cinqüenta minutos e uma hora, atraindo muitos estudantes das universidades e escolas em Londres que encantados ficavam com a pregação do evangelho.

Vale a pena lembrarmos daquilo que o reformador francês João Calvino costumava dizer quanto a Palavra de Deus. “A Escritura é a fonte de toda a sabedoria, e os pastores devem extrair dela tudo aquilo que expõem diante do rebanho” Calvino afirmava que através da exposição da Palavra de Deus, as pessoas são conduzidas a liberdade e a segurança da fé salvadora, dizia também que a verdadeira pregação, tem por objetivo abrir a porta do reino ao ouvinte, isto é, em outras palavras o que ele está a nos dizer, é que as Escrituras Sagradas, devem ser o principal instrumento na condução, consolidação e pastoreamento do povo de Deus.

Infelizmente muitos dos nossos pastores são preguiçosos. Na verdade, um bom número de nossos lideres preferem o uso de jargões ou e entretenimento barato, através de apresentações circenses do que pregar INTEGRALMENTE a palavra de Deus.

Caro leitor, creio veementemente que Deus não se agrada nem tampouco abençoa pastores desleixados com a pregação da Palavra. O fato da platéia ovacionar alguns destes, não implica especificamente de que Deus aprova o conteúdo do sermão, muito pelo contrário, até porque, o que promove vida e fé, como também mudança radical de comportamento é ação do Espírito Santo através da exposição da Palavra de Deus.
Pense nisso!
Renato Vargens

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Respondendo aos insistentes pedidos de antigos leitores do Epistolaonline, eis que anuncio o seu regresso. Na estrada, para a gloria de Deus.