Extracto do Relatório do Superintendente Distrital

Por ocasião da 14ª Assembleia Distrital que decorreu na Praia de 5 a 11 de Julho, o Rev. Elton Wood, na qualidade de superintendente distrital, apresentava o seguinte relatório: (…) Dou graças a Deus, hoje, pelo Sangue redentor do seu Filho e pelo baptismo purificador do Seu Espírito, que fizeram uma obra eficaz no meu coração há muitos anos atrás e lançaram-me no seu ministério. Tenho provado as suas promessas, infalíveis, e a sua graça, eficiente, mesmo nas minhas «viagens muitas vezes» e nas experiências novas encaradas durante este ano! Tive o privilégio de estar em cada igreja e gozar a comunhão e a hospitalidade em casa de cada pastor, neste período. Preguei em todas as igrejas e colaborei em vários programas especiais e campanhas evangelisticas, além de dirigir uma campanha de dez dias em S. Filipe. Visitei algumas igrejas, várias vezes, apresentei a nova família missionária às igrejas de Espargos, Santa Maria e S. Vicente e levei o Sr. Stroud e seu filho Raimond comigo às igrejas de S. Filipe, Mosteiros, Achada e Assomada. Deus me ajudou de intérprete ao Rev. Stroud, que falou nestas oito igrejas. Fiz cerca de trinta voos de avião, passando várias vezes por todas as ilhas em que toca o avião. Fiz onze viagens por barcos de cabotagem: «Brava», «Carvalho», «Ernestina», «Maria Sony», «Manelica», e «Nauta». Viajei uma vez no «Damão» até ao Fogo e uma vez no vapor «Manuel Alfredo» da Praia para S. Vicente (infelizmente, «sem alojamento»). Fiz várias jornadas de carro ou jeep, de carrinha ou camião, e aproveitei o autocarro uma vez para regressar de Santa Catarina à Praia. No Fogo montei numa mula para subir até Chã das Caldeiras, enquanto meditava na frase de S. Paulo: «Fiz-me tudo para todos». Dou graças a Deus pela protecção e cuidado durante todas estas deslocações e desejo exprimir a minha gratidão aos pastores e missionários que sempre me ofereceram os seus lares como minha própria casa enquanto andei longe do meu e da minha mulher e filha. Agradeço a compreensão e o apoio de quantos contribuíram para aliviar os meus encargos durante o ano, mas duma maneira especial desejo registar meu apresso a Margaret e a Carol, que nunca se queixaram, antes sempre redobraram as suas responsabilidades e trabalhos para tornarem possível a minha saída em qualquer altura. Elas me acompanharam na visita às igrejas de Ribeira Grande e Porto Novo. Devo muito ao amor, esforço e compreensão delas. (…) (…) Percebo S. Paulo quando disse que se sentia oprimido cada dia com “o cuidada de todas as igrejas”. No cuidado das nossas 15 igrejas, escrevi dezenas de cartas e enviei não menos que 120 telegramas; orei com cada pastor sobre os seus alvos e problemas particulares; e supliquei a bênção de Deus diariamente sobre cada congregação. No princípio do ano surgiu um problema sério na igreja do Porto Novo. Deus nos ajudou a vencê-lo, de joelhos, e o relatório de lá é muito mais animador este ano. No dia 31 de Julho de 1966 tive o privilegio de inaugurar a nova capela na vila de Estancia de Baixo, Boavista, e à noite, perante mais de 400 pessoas, dedicar o belo templo de Sal Rei, concluído pelas ofertas de Natal do ano passado. O pastor João Gonçalves deixou um monumento distinto do seu trabalho nesta ilha. Na Praia tive o prazer de presenciar a entrega dos apartamentos às famílias que, felizes, se instalaram no nobre prédio da Caixa de pastores. Também apreciei a boa e artística remodelação da casa do pastor. Ambas estas obras foram iniciativas do Rev Eades, mas foram levadas ao acabamento em grande parte pelo esforço gigantesco do pastor Rev. Jorge de Barros, que na mesma altura, lançou os alicerces do grande anexo a este edifício e elevou as paredes até à altura do templo antes da sua transferência para S.Vicente. Conseguimos mais uma verba da Sede, por meio das caixas de alabastro, que juntámos à bela oferta de Natal deste ano para concluir o anexo mencionado. A igreja da Praia está de parabéns, e tanto o seu pastor António Leite, como o Rev Eades merecem «palmas» pelo bom trabalho realizado! Mas o distrito fê-lo possível graças à sua incomparável oferta de Natal de 36.815.00, precisamente 10.562.00 mais do que no ano passado! Que Deus abençoe a cada um pela sua fidelidade! – N’Ele … «faremos proezas!». (…) (…) Os pastores dirigiram 19 funerais, 12 casamentos, e 38 dedicações de crianças durante o ano. Houve 93 baptismos. «No poder do Espírito … CRESCEI!» (…) Respeitosamente submetido, J. Elton Wood