Sunday, October 26, 2008

A banalização do divórcio

Lembro que quando os meus filhos eram menores, os levei a uma daquelas festinhas de aniversário. Na hora "do parabéns", depois de cantarmos a clássica canção, a criançada presente começou a entoar outro hit famoso:
“Com quem será com quem será, com quem será que “fulano” vai casar? Vai depender, vai depender, vai depender se beltrana vai querer”
Até aí tudo bem, só que logo a seguir descobri que a música não havia terminado, isto porque, a meninada aos berros cantarolava:
... “Ela aceitou, ela aceitou, tiveram dois filhinhos e depois se separou.”
Ao final da canção, todos os presentes à festa, deram uma sonora gargalhada.
Assusta-me o fato de que nossas crianças tratem com tanta banalidade os divórcios de seus pais e conhecidos. Infelizmente a família pós-moderna experimenta a olhos vistos a banalização do divórcio. Soma-se a isso o fato de que nossos jovens adiam e até recusam o casamento em virtude do descrédito construído a respeito do matrimônio. Em nossos dias a duração do casamento está em função da durabilidade dos sentimentos. Quando se descobre algum defeito do outro, então, tudo muda e experimenta-se o sentimento de estar diante de um desconhecido.
Caro leitor, a separação e falência conjugal são hoje uma gravíssima epidemia. Tenho plena convicção que o tempo destinado pelos jovens a preparação para o casamento é insuficiente e superficial. Além disso, as experiências sexuais de nossos adolescentes se dão cada vez mais cedo, contribuindo para o surgimento de uma sociedade depravada e promiscua. A fidelidade conjugal não é valorizada, o amor foi relativizado, e a promiscuidade incentivada.
Diante disto, mais do que nunca a Igreja de Cristo precisa anunciar o Evangelho integral, além obviamente de proclamar a esta geração os valores do Reino, na expectativa de que o bom perfume do nosso Senhor alivie o odor de putrefação deste mundo mal e pervertido.
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens

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