Tuesday, October 21, 2008

A violência nossa de cada dia

Já perdi a conta de quantas vezes a imprensa brasileira no ano de 2008 noticiou crimes e assassinatos de crianças e adolescentes. Confesso que após a ampla cobertura da tragédia acometida à menina Eloá, fui tomado pela perplexidade de mais uma vez observar em rede nacional a dor de uma família vitimada pela violência. Hoje, pela manhã, resolvi ler os jornais na expectativa de encontrar noticias mais agradáveis, quando me deparei com a terrível informação de que o empresário Arthur Sendas tinha sido brutalmente assassinado em seu apartamento no Leblon, no Rio de Janeiro.
Por favor, pare e pense: Será que noticias como estas não nos chocam mais? Será que estamos nos acostumando a um estado constante de violência? Infelizmente sou obrigado a confessar que receio pela cauterização de nossas mentes, até porque, a impressão que se tem é que fazemos vistas grossas à violência em nosso país.
Caro leitor, tenho plena convicção de que não nos é possível tratarmos com naturalidade os milhares de assassinatos ocorridos anualmente em nossa nação. Como inúmeras vezes afirmei neste blog, a barbárie em hipótese alguma deve fazer parte de uma sociedade democrática e desenvolvida. Na verdade, não devemos e nem podemos nos acostumar ao que temos visto e ouvido em nossas cidades, antes pelo contrário, nós cidadãos de bem devemos nos posicionar impetuosamente confrontando o estado caótico que se encontra nossos municípios, deixando a margem da existência o blá-blá-blá que tanto nos tem prejudicado. Além disto, não dá mais para o poder publico e a sociedade civil deste país brincarem de polyana fazendo o jogo do contente achando de que tudo está muito bem, e que assim como a violência veio, ela um dia irá embora. Tenho absoluta certeza de que se algo não for feito URGENTEMENTE, em breve experimentaremos o mais profundo caos social, cujas caracteristicas principais serão o desrespeito pelo ser humano, a banalização da vida e a anarquia.
Como cristãos temos por obrigação instigar a participação da sociedade; como pastores temos por dever connscientizar nosso povo quanto a importância de nos engajarmos em tão importante luta; como Igreja temos a missão de cumprirmos o nosso papel social, promovendo nos bolsões de pobreza de nossa nação o evangelho INTEGRAL de Cristo Jesus.
Que Deus tenha misericórdia de nossa nação.
Renato Vargens

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