Ao longo da história muitos pensadores entenderam, definiram e defenderam a idéia do prazer como ausência de dor. Eles estavam errados. Seus argumentos não resistem à análise. Na perspectiva de Platão, Sócrates, condenado à morte e por alguns instantes livre das "algemas" experimenta um grande sentimento de alivio, um verdadeiro prazer em movimentar livremente braços e pernas, enquanto outrora, quando em liberdade, não sabia gozar esse prazer. Este último, no caso, confunde-se com a cessão da dor infligida pelas correntes. A mesma opinião pode ser encontrada em Epicuro, um pensador que não tinha uma boa saúde, vítima de moléstia cada vez mais penosa, à medida que envelhecia, o prazer tor nou-se para ele a felicidade, como para os estóicos fora a virtude. O supremo prazer, não o prazer "artificial" (luxo, vaidade...) é a ausência de dor e de agitação. Uma fuga da todas as ocasiões de dor, de todos os riscos e de todas as aventuras. Por isso, para o Epicuro, a moral do prazer consiste em levar uma vida prudente e quase ascética, a fim de afastar quaisquer circunstancias dolorosas. (Clique no titulo para ler mais...)
José João Neves B. Vicente
Filósofo, pesquisador, professor da Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba (FACER), do Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz (IFTSC) e Editor da Revista Facer.
E-mail: josebvicente@bol.com.br
Filósofo, pesquisador, professor da Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba (FACER), do Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz (IFTSC) e Editor da Revista Facer.
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